Rubéola: conheça esta doença contagiosa
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Indíce
- 1. Sintomas
- 2. Complicações
- 3. Na Gravidez
- 4. Tratamento
A rubéola é uma infeção comum na infância, uma fase da vida em que a doença afeta de forma mais branda, tendo como sintomas mais expressivos dores nas articulações e erupção cutânea.
Causada pelo rubivirus rubella vírus, a rubéola é uma doença altamente contagiosa, que se transmite através de gotículas dispersas no ar quando uma pessoa infetada tosse, fala ou espirra.
Após o contacto com o vírus, o período de incubação dura entre 12 a 21 dias, altura em que surgem os sintomas.
Muitas pessoas podem nem apresentar sintomas, mas podem transmitir a doença. O período de contágio acontece entre uma a duas semanas antes do aparecimento das manchas na pele e pode manter-se até cinco a sete dias após este sintoma mais expressivo surgir.
De resto, entre 25 a 50% das pessoas não apresentam sintomas, continuando, no entanto, a poder contagiar.
Principais sintomas da rubéola
Um dos principais, e mais facilmente notados, sintomas desta doença são as erupções na pele. Estas manchas são normalmente de cor rosa claro e apresentam uma textura lisa e regular. Por norma, após o aparecimento das primeiras manchas, normalmente no rosto, rapidamente se instalam pelo corpo todo (entre 24 a 48 horas).
O "trajeto" habitual para a instalação destas erupções é face, pescoço, tronco e depois braços e pernas. Ao fim de três dias desaparecem.
Outros sintomas comuns são:
- Dores de cabeça;
- Mal estar geral;
- Corrimento nasal;
- Tosse;
- Dores musculares e nas articulações;
- Conjuntivite;
- Gânglios linfáticos inchados no pescoço, ao nível da nuca e atrás das orelhas.
Possíveis complicações da rubéola
Embora a rubéola se apresente, na maioria dos casos, como uma infeção ligeira, em algumas pessoas pode assumir contornos mais graves, provocando artrite, em especial nas mulheres adultas; uma baixa das plaquetas no sangue (células responsáveis pela coagulação do sangue que travam as hemorragias) ou, mesmo, uma infeção no cérebro.
Rubéola na gravidez
Quando uma grávida é infetada com este vírus, a doença pode atingir o feto e ter consequências graves, nomeadamente se a infeção acontecer nas primeiras 16 semanas de gestação.
Neste caso, denominado de rubéola congénita, a doença pode levar a um aborto espontâneo ou provocar problemas graves ao bebé, como a perda da audição ou da visão, atraso cognitivo, baixo peso ao nascer, problemas cardíacos ou microcefalia.
Diagnóstico e tratamento
Além do exame clínico, com base nos sintomas apresentados pela pessoa, o médico deverá solicitar a realização de análises para detetar a presença de anticorpos contra a rubéola no sangue. Esta análise é importante para confirmar o diagnóstico, já que a doença pode ser confundida com outras, como é o caso do sarampo.
No caso das grávidas, é possível fazer o teste de diagnóstico ao feto através do líquido amniótico ou do sangue do feto. De resto, no início da gravidez, são feitos exames para confirmar a imunidade a esta doença.
Não há um tratamento apenas direcionado para a rubéola, portanto, os medicamentos são usados para aliviar os sintomas, como a febre, as dores musculares e de cabeça.
Recomenda-se descanso e a ingestão de líquidos, para evitar a desidratação. Os doentes devem ficar isolados para evitar a propagação da doença, o que deve acontecer durante, pelo menos, sete dias após o início do aparecimento das manchas na pele.
A prevenção é feita com a toma da vacina contra a rubéola, que é combinada com a vacina contra a parotidite e contra o sarampo. Esta vacina faz parte do Programa Nacional de Vacinação.