O que é o pé de atleta e que cuidados deve ter
• 3 mins. leitura
O pé de atleta, cujo nome científico é tinea pedis, trata-se de uma micose que afeta as plantas dos pés e os espaços interdigitais, podendo expandir-se para as mãos, unhas ou tornozelos. Estima-se que afete, pelo menos uma vez na vida, cerca de 70% da população mundial, principalmente a mais velha.
O seu nome advém do facto de ser uma doença mais comum entre atletas ou pessoas que frequentam balneários ou piscinas.
Na origem deste problema de pele, estão os dermatófitos, uma espécie de fungos. Saiba como tratar e prevenir esta doença.
O que é o pé de atleta
O pé de atleta pode apresentar três tipologias distintas:
- Vesicular: quando surgem pequenas bolhas no peito e na planta do pé, que se rebentarem podem originar feridas;
- Plantar: apresenta descamação e inflamação na planta do pé, calcanhar e zona lateral do pé.
- Interdigital: é a manifestação mais comum do pé de atleta e afeta, normalmente, os espaços interdigitais e os próprios dedos.
Causas
Na origem do pé de atleta, estão dermatófitos (como Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton), um tipo de fungo que se alimenta da queratina presente na pele, cabelo e unhas.
Trata-se de uma doença altamente contagiosa, que pode ser transmitida através do contato direto com a pele infetada ou com superfícies ou objetos contaminados com fungos.
Existem pessoas que parecem ter uma predisposição genética para desenvolver este tipo de problema de pele. Além disso, existem outros fatores de risco a considerar, nomeadamente:
- Suor, calor e humidade;
- Calçado fechado;
- Verão;
- Climas tropicais e subtropicais;
- Água e areia;
- Frequência de ambientes húmidos, como balneários ou piscinas.
Sintomas
O pé de atleta pode manifestar-se através de diferentes sintomas e sinais que, geralmente, se evidenciam na pele, na zona afetada. Tome nota de alguns deles:
- Inflamação;
- Vermelhidão;
- Bolhas com água ou pus;
- Prurido ou sensação de queimadura;
- Odor forte e desagradável;
- Gretas ou fissuras na palma do pé, entre os dedos e/ou no calcanhar;
- Pele muito seca que tende a descamar;
- Sola do pé mais grossa e com tom esbranquiçado;
- Unhas grossas e amarelas.
Diagnóstico e tratamento
Neste caso, o diagnóstico precoce do pé de atleta pode fazer toda a diferença no sucesso do seu tratamento.
Geralmente, a terapêutica tem por base a aplicação de um antifúngico tópico (creme, pomada, solução e pó) na zona afetada e/ou a toma de medicamentos, capazes de tratarem a infeção em uma a duas semanas. Contudo, é importante que o tratamento seja rigorosamente cumprido, de modo a evitar que o problema reapareça.
Além disso, deve evitar coçar as zonas da pele afetadas de maneira a evitar o seu agravamento ou a transmissão da doença para outras regiões do corpo. Enquanto o tratamento decorre, é aconselhável lavar as meias e as toalhas em água bastante quente (60ºC).
Para melhores resultados, é muito importante consultar um médico, mais ainda se:
- A terapêutica não surtir efeito no tempo esperado;
- For diabético ou estiver imunodeprimido;
- Existirem outros sintomas associados como dor intensa, vermelhidão excessiva, inchaço, drenagem e/ou febre.
Prevenção
Uma vez que o pé de atleta é uma doença de pele, de origem contagiosa, há que ter alguns cuidados para evitar a sua contaminação. Assim, recomenda-se:
- Observar os pés, de modo a identificar precocemente eventuais lesões;
- Proteger os pés com chinelos ou sandálias, quando frequenta espaços públicos;
- Lavar diariamente os pés, privilegiando o uso de um sabonete com pH neutro e secando delicadamente e muito bem entre os dedos, podendo inclusive usar um pó antifúngico;
- Usar uma toalha apenas para os pés, a qual deve trocar regularmente;
- Preferir meias de fibras naturais, como lã, algodão ou seda;
- Trocar de meias todos os dias;
- Evitar calçado sintético, de vinil ou borracha, e preferir calçado arejado;
- Trocar de calçado diariamente e descalçar-se assim que chegue a casa;
- Não partilhar calçado, meias ou toalhas com outras pessoas.