Autismo: saiba mais sobre esta perturbação
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Indíce
- 1. Sintomas
- 2. Causas
- 3. Tratamento
O autismo não é uma doença, mas uma perturbação do desenvolvimento do cérebro, ou seja, o cérebro funciona de maneira diferente e as pessoas apresentam dificuldades de comunicação e interação social.
Os especialistas utilizam o termo "Perturbações do Espetro do Autismo" (PEA) como a definição de um conjunto de perturbações neuropsiquiátricas do desenvolvimento, que resultam de disfunções do desenvolvimento do sistema nervoso central.
Esta perturbação pode afetar pessoas de todos os géneros, nacionalidades e origens culturais e estima-se que cerca de 1% da população mundial tenha autismo.
Autismo: sintomas, causas e tratamento
O autismo é uma perturbação do desenvolvimento e embora nada diferencie fisicamente estas crianças, jovens ou adultos, a verdade é que eles podem comportar-se, comunicar, interagir e aprender de maneira diferente das outras pessoas.
As competências e capacidades variam de pessoa para pessoa e, por exemplo, algumas pessoas conseguem manter uma conversação, enquanto outras podem ser não verbais; outras podem precisar de apoio nas suas vidas diárias, enquanto outras conseguem trabalhar e viver sem quase nenhum apoio.
Sintomas
As manifestações do autismo começam antes dos três anos de idade, sendo que as crianças apresentam dificuldades nas competências sociais, emocionais e de comunicação. A nível comportamental, estas crianças podem repetir determinados comportamentos e reagir mal a alterações nas suas atividades diárias.
Assim, alguns dos principais sintomas que caraterizam o autismo incluem:
- Repetição de movimentos ou uso de objetos ou fala de modo repetitivo e constante;
- Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa com outros, partilhar interesses e interagir socialmente;
- Dificuldade em entender os sentimentos dos outros, bem como dificuldade em falar sobre os seus próprios sentimentos;
- Dificuldades em entender e replicar a linguagem não verbal;
- Insistência em manter rotinas, padrões ritualizados de comportamento verbal ou não-verbal;
- Interesses específicos com diferentes intensidades e foco;
- Elevada ou baixa reatividade a estímulos sensoriais;
- Evitar o contacto visual.
É importante referir que, além das dificuldades e desafios, as pessoas com autismo podem também apresentar capacidades acima da média, nomeadamente:
- lembrarem-se dos mínimos pormenores e acontecimentos;
- terem facilidade em aprender a ler;
- terem capacidades excecionais no que diz respeito a música, números e arte.
Causas
As causas específicas do autismo não foram ainda identificadas, no entanto, a investigação das causas aponta para uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Embora se saiba pouco sobre as causas específicas, as evidências disponíveis sugerem maior probabilidade de uma criança ser autista se:
- Tiver um irmão autista;
- Tiver determinadas condições genéticas ou cromossómicas, como síndrome do X frágil ou esclerose tuberosa;
- A mãe tiver tido doenças durante a gravidez, tais como rubéola ou hipertiroidismo;
- Tiverem ocorrido complicações no nascimento, nomeadamente parto prematuro, peso abaixo do normal, infeções graves neonatais, traumatismo no parto;
- Os pais forem pais tardios.
Tratamento
Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce é essencial para ajudar a melhorar a qualidade de vida, capacidade de comunicação e a autonomia da criança.
Este tratamento deve ser acompanhado por um médico especialista e vai variar de acordo com as necessidades individuais. Existem várias abordagens disponíveis - que podem ser usadas simultaneamente ou não - e essas podem ser divididas nas seguintes categorias:
- Comportamental;
- Desenvolvimento;
- Educacional;
- Social-Relacional;
- Farmacológica;
- Psicológica.