mulher a segurar laço amarelo que simboliza o sarcoma

Carcinoma e sarcoma: saiba quais são as principais diferenças

6 mins. leitura

Indíce
  1. 1. Principais Diferenças
  2. 2. Carcinoma
  3. 3. Sarcoma
  4. 4. Diagnóstico ou Tratamento
  5. 5. Tratamento

O cancro manifesta-se de diversas formas, afetando diferentes órgãos e tecidos do corpo humano. Entre os mais de 100 tipos de cancro identificados estão o carcinoma e o sarcoma, que são distintos, apesar de, por vezes, serem confundidos.

Neste artigo, vamos identificar as principais particularidades destes dois tipos de cancro, desde as suas origens celulares até aos fatores de risco e sintomas. É fundamental perceber o que os diferencia, para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.


Principais diferenças entre carcinoma e sarcoma

Os tipos de cancro são classificados consoante o órgão ou tecido no qual têm origem e pelo tipo de células porque são formados. Há centenas de tipos de cancro diferentes que se agrupam em seis categorias principais, nomeadamente:

  • Carcinoma
  • Sarcoma
  • Mieloma
  • Leucemia
  • Linfoma
  • Misto

Carcinoma e sarcoma são dois desses principais tipos de cancro. A principal diferença entre os dois é a sua origem.

Os carcinomas são os mais comuns - cerca de 80% dos diagnósticos de cancro são carcinomas -. Neste tipo, estão incluídos o cancro da pele, cancro da próstata, cancro da mama, cancro do pulmão, entre outros.

Na Europa, o cancro da mama é o mais comum entre as mulheres, seguido pelo cancro colorretal e pelo cancro do pulmão. Nos homens, o cancro da próstata é o mais frequente, seguido pelo cancro do pulmão e pelo cancro colorretal.

Os sarcomas são mais raros, representando apenas 1% dos diagnósticos de cancro em adultos. Os sarcomas formam-se nos ossos e tecidos moles, como gordura, músculos, nervos e ligamentos.

lesão na pele

Carcinoma

Os carcinomas têm origem nas células epiteliais, que revestem as superfícies internas e externas do corpo, incluindo a pele e os tecidos que cobrem os órgãos internos. Esta neoplasia maligna afeta a pele ou as membranas mucosas e os cancros mais comuns são:

  • Adenocarcinoma, que afeta órgãos que produzem fluidos ou muco, como mama, estômago, cólon, pulmão, pâncreas e próstata;
  • Carcinoma basocelular, que afeta as células que formam a base da camada mais externa da pele. Este é o tipo mais comum de cancro da pele;
  • Carcinoma de células escamosas é o segundo tipo mais comum de cancro da pele. Desenvolve-se logo abaixo da superfície da camada externa da pele;
  • Carcinoma de células transicionais, que afeta células de transição do trato urinário, incluindo bexiga, rins e uréter.

Fatores de risco

Fatores genéticos e determinados estilos de vida podem aumentar o risco de desenvolver carcinoma, tais como:

  • Hábitos tabágicos;
  • Consumir bebidas alcoólicas;
  • Exposição prolongada ao sol e radiação UV;
  • Obesidade;
  • Exposição à radiação;
  • Exposição a toxinas prejudiciais;
  • Pele clara.

Sintomas

Os sintomas dos carcinomas dependem, normalmente, dos tecidos onde se desenvolvem. Lesões ou úlceras na pele que não cicatrizam, mudanças na aparência de sinais ou manchas na pele, tosse persistente ou alterações na voz, sangramento anormal ou secreções, são alguns dos possíveis sintomas.

A doença pode espalhar-se para outras áreas do corpo ou permanecer onde se desenvolveu inicialmente.

Os quatro tipos de cancros mais comuns são o da mama, cólon, pulmão e próstata. Todos eles são carcinomas.


Sarcoma

Sarcomas são tumores malignos, que se desenvolvem nas células que formam os ossos e tecidos moles, como músculos, vasos sanguíneos e gordura. São tumores mais raros, mas, na globalidade, mais graves.

Normalmente, surgem nas extremidades do corpo, como pernas, pés, ombros, braços e mãos, mas também podem surgir no abdómen ou no pescoço.

Existem mais de 70 tipos de sarcomas, mas há dois tipos principais:

  • Osteossarcomas: desenvolvem-se nos ossos, cartilagem ou medula óssea;
  • Sarcomas dos tecidos moles: podem começar em diferentes tipos de tecido, como na gordura (lipossarcoma); nos músculos (rabdomiossarcoma ou leiomiossarcoma); nos nervos (tumores da bainha dos nervos periféricos); no tecido fibroso (fibrossarcoma); nos vasos sanguíneos ou linfáticos (angiossarcoma) ou nos tecidos profundos da pele (sarcoma epitelioide).

Os sarcomas ósseos são mais comuns em crianças, adolescentes e adultos acima de 65 anos. Já os sarcomas de tecidos moles são mais frequentes em adultos.

Após a localização inicial ser identificada, os sarcomas são nomeados com base na composição celular observada ao microscópio. Por exemplo, o sarcoma tipo distal é um tipo de sarcoma epitelioide, enquanto o sarcoma de Ewing é uma forma de osteossarcoma.

H4. Fatores de risco

Ao contrário dos carcinomas, os sarcomas não têm uma associação clara com fatores de estilo de vida, como fumar ou a exposição excessiva ao sol. Os fatores de risco para sarcomas incluem:

  • Exposição a produtos químicos utilizados no fabrico de plásticos, herbicidas e conservantes de madeira;
  • Exposição à radiação;
  • Condições genéticas, como síndrome de Gardner, síndrome de Werner, doença de von Hippel-Lindau, entre outras.

Sintomas

Tal como os carcinomas, os sintomas do sarcoma dependem também da localização no corpo. Por exemplo, os sintomas do osteossarcoma podem incluir dor ou sensibilidade óssea.

Contudo, a maioria não causa sintomas até crescer e começar a pressionar nervos, órgãos ou músculos próximos. Alguns dos possíveis sintomas são inchaços ou nódulos, nos ossos ou tecidos moles; dor óssea, especialmente à noite ou em repouso; dificuldade em mover partes do corpo afetadas e sintomas gerais, como fadiga e perda de peso involuntária.


mulher com lenço na cabeça a festejar de braços abertos

Carcinoma e sarcoma: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de carcinoma e sarcoma implica exames físicos, como a avaliação de lesões ou nódulos, biópsias para análise laboratorial de amostras de tecido, exames de imagem e testes de sangue, que podem ajudar a avaliar a função dos órgãos e detetar marcadores tumorais.


Após o diagnóstico

O médico irá recorrer a exames de imagem, como tomografia computorizada (TAC), ecografia, cintilografia óssea, ressonância magnética ou tomografia por emissão de positrões (PET), para procurar sinais de metástases de cancro. Isto pode acontecer logo após o diagnóstico, para perceber qual o estágio do cancro e opções de tratamento.

Alguns destes exames de imagem vão ser repetidos regularmente, durante anos após o diagnóstico ou tratamento inicial, para detetar sinais de propagação ou de reincidência do cancro.


Opções de tratamento

Os sarcomas são, por norma, mais difíceis de tratar do que os carcinomas.

Antigamente, o tratamento dos sarcomas de tecidos moles em braços e pernas envolvia a amputação dos membros afetados. Atualmente, são mais comuns as cirurgias que preservam os membros, utilizando enxertos de tecido ou implantes para substituir o tecido removido, frequentemente seguidas de radioterapia. Porém, em certos casos, a amputação ainda pode ser necessária quando é a única maneira de eliminar completamente o cancro.

Para sarcomas em estágio inicial, a cirurgia costuma ser suficiente. No entanto, em sarcomas mais avançados, podem ser recomendadas radioterapia, terapia direcionada e/ou imunoterapia. Às vezes, a quimioterapia é usada antes da cirurgia para reduzir o tumor, facilitando a sua remoção, ou depois para eliminar células cancerígenas remanescentes.

À semelhança dos sarcomas em estágio inicial, a cirurgia é o tratamento principal para carcinomas que não se espalharam. Outros tratamentos para carcinomas podem incluir radioterapia, quimioterapia, terapia direcionada e imunoterapia.

Tal como acontece com a maioria dos tipos de cancro, o tratamento de sarcomas e carcinomas depende frequentemente do tipo específico, localização, agressividade ou se se espalhou para outras partes do corpo, além das preferências e objetivos do doente.


Prevenir o cancro

Entre 30% a 50% dos cancros podem ser prevenidos. Assim, prevenir o cancro envolve adotar um estilo de vida saudável e realizar exames de saúde regulares.

Hábitos como manter uma dieta equilibrada, rica em fruta, legumes, grãos integrais e pobre em alimentos processados e carnes vermelhas, podem reduzir o risco de diversos tipos de cancro. Além disso, praticar atividade física regularmente permite manter um peso saudável, o que é fundamental também para a prevenção.

É igualmente crucial evitar fumar e beber álcool em excesso, pois ambos os fatores estão associados a vários tipos de cancro, como o do pulmão. Proteger-se contra a exposição excessiva ao sol, usando protetor solar e roupas adequadas, pode prevenir o cancro da pele. A vacinação contra vírus como o HPV e a hepatite B também é uma medida preventiva importante.

Realizar exames de rastreio, como mamografias, colonoscopias ou citologia esfoliativa ginecológica (Papanicolau), ajuda a detetar precocemente alterações que podem evoluir para cancro, permitindo um tratamento mais eficaz.

Manter-se informado sobre os fatores de risco e conversar com o seu médico sobre medidas preventivas personalizadas são outros cuidados fundamentais para prevenir patologias cancerígenas.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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