Calvície: uma herança genética sem cura, mas com tratamento
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Causas
- 3. Diagnóstico
- 4. Tratamento
A calvície, ou alopecia androgenética, exerce um peso enorme na autoestima, tanto de homens como de mulheres. Embora este problema capilar seja incurável, há vários tratamentos disponíveis, que pode ficar a conhecer neste artigo.
O que é a alopecia androgenética?
A alopecia androgenética é um tipo de queda de cabelo que ocorre devido a fatores hereditários ou genéticos e hormonais. Trata-se da forma mais comum de calvície e tende a desenvolver-se ao longo do tempo.
Esta condição é caraterizada por um padrão específico de afinamento capilar, que, normalmente, começa nas áreas frontais e temporais do couro cabeludo.
Quais as causas da calvície?
A calvície é causada, principalmente, pela interação entre as hormonas sexuais masculinas, como a testosterona, e os recetores geneticamente predispostos nos folículos capilares. Isto faz com que o ciclo de crescimento capilar seja mais curto, resultando em fios mais finos e, eventualmente, na perda de cabelo.
Nos homens
Esta condição é mais prevalente nos homens, devido essencialmente a uma sensibilidade genética às hormonas sexuais masculinas, ou seja, aos androgénios.
No início, a calvície nota-se com o aumento das entradas na testa e, depois, também pode afetar o topo da cabeça.
Os primeiros sinais surgem na adolescência e, aos 50 anos, atinge 50% dos homens, podendo agravar com a idade.
Nas mulheres
Como produzem testosterona em menor quantidade, há menos mulheres a sofrer de alopecia androgenética.
Ainda assim, entre 20 a 50% da população feminina na casa dos 50 anos sofre de calvície.
A perda de cabelo nas mulheres é menos drástica do que nos homens e, geralmente, ocorre no topo da cabeça.
Porém, as causas desta condição são mais complexas e podem envolver uma combinação de fatores genéticos ou ambientais. Também alterações hormonais, como desequilíbrios de estrogénio e progesterona, podem desempenhar um papel importante na manifestação deste problema nas mulheres.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da alopecia androgenética deve ser feito por um dermatologista, mediante um exame físico minucioso do couro cabeludo e uma avaliação do padrão de perda de cabelo.
Ao avaliar a queda capilar, é importante ter conhecimento do ciclo de vida do cabelo. Cada folículo piloso passa por uma fase de crescimento que dura entre dois a cinco anos, seguida por uma fase de repouso de três meses, culminando na queda do cabelo.
Por norma, cerca de 15% dos folículos estão em fase de repouso e são esses os cabelos que caem diariamente, numa quantidade aproximada de 60 a 100 fios. Este processo é mais acentuado no final da primavera e durante o verão.
Os desequilíbrios neste ciclo podem levar a uma queda anormal de cabelos, resultando na diminuição parcial ou total.
Assim, o histórico e o exame clínico são normalmente suficientes para diagnosticar a calvície. Contudo, podem ser solicitadas análises complementares, nomeadamente ao sangue, para descartar outras possíveis causas.
Nas mulheres, por exemplo, se a perda de cabelo for significativa ou se se revelarem outros sintomas de disfunção hormonal, como acne, excesso de pelos, pele oleosa e irregularidades no ciclo menstrual, pode ser necessário realizar um estudo hormonal com ecografia abdominal.
Tratamentos possíveis para a calvície
Após o diagnóstico, cabe ao médico definir qual o tratamento mais adequado. Existem várias opções, sendo estas as mais comuns:
- Medicamentos: A finasterida e o minoxidil são os medicamentos aprovados para o tratamento da alopecia androgenética. O primeiro bloqueia a conversão da testosterona em DHT, enquanto o segundo promove o crescimento capilar e retarda a perda de cabelo;
- Terapia a laser: O tratamento a laser de baixa intensidade pode ajudar a estimular o crescimento capilar, melhorando a circulação sanguínea nos folículos capilares;
- Transplante capilar: Nas situações mais avançadas, o transplante capilar é uma solução a ser considerada. Neste procedimento, os folículos capilares saudáveis são transplantados para as áreas afetadas.
Não sendo um tratamento, em si, é igualmente possível recorrer ao uso de produtos de camuflagem capilar, sob a forma de spray, pó ou fibra, que podem ajudar a disfarçar a calvície e a conferir uma aparência de cabelos mais densos.