Tipos de tosse: conheça quais e os cuidados a ter
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Indíce
- 1. Sintomas
- 2. Causas
- 3. Tipos
- 4. Tratamento
A tosse nem sempre é igual, podendo ser seca ou produtiva e também aguda ou crónica, pelo que a forma de atacar este sintoma e, mais ainda, o problema que lhe está subjacente, difere de caso para caso.
Tosse: sintoma ou doença?
Antes de mais, interessa esclarecer que a tosse é um sintoma e não uma doença. De facto, a tosse é uma resposta do corpo quando há uma irritação das vias aéreas e acontece como forma de expulsar algo ou de impedir elementos nocivos, como poeiras, mas também bactérias, vírus ou outras substâncias que podem ser nocivas para o nosso organismo.
A tosse resulta da contração da cavidade torácica, um movimento normalmente repentino e que se repete várias vezes.
Por isso, a tosse funciona como um mecanismo de proteção do organismo e alerta-nos para a existência de uma alergia, de uma infeção ou para outras doenças potencialmente mais graves.
As causas mais comuns da tosse
A tosse pode surgir como resposta à poeira que está no ar ou porque, inadvertidamente, a pessoa, aspirou o fumo do tabaco ou de qualquer outra substância irritativa.
Uma infeção das vias respiratórias, como uma gripe ou constipação, é uma das causas mais comuns para o surgimento da tosse; também pode surgir como consequência de uma alergia, ou pode também ser sintoma de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
É também comum a existência de tosse em pessoas com refluxo gastroesofágico, provocada pelos ácidos provenientes do estômago.
Os diferentes tipos de tosse
A tosse é dividida em vários tipos, desde logo pela duração e frequência com que se apresenta. Assim, a tosse pode ser aguda, ou de curta duração, ou crónica, quando se trata de um quadro que se arrasta por semanas, meses ou mesmo anos.
De resto, a tosse pode ser considerada produtiva (tosse com expectoração) ou tosse não produtiva (ou seca).
A tosse seca é uma tosse irritativa e que, normalmente, tem origem num formigueiro, uma espécie de comichão na garganta. Trata-se de uma resposta a uma irritação nas vias respiratórias superiores e a irritação vai aumentando com a frequência da tosse.
No caso da tosse produtiva, há expectoração e a necessidade de exteriorizar esses fluídos. De resto, neste caso não se deve recorrer aos antitússicos, já que a expectoração ajuda a remover as partículas estranhas e o antitússico vai atrasar a recuperação, já que facilita a acumulação das secreções.
Também a cor e o aspecto destas secreções ajudam a identificar o problema que está na origem da tosse. Sendo que, se for de cor amarela ou esverdeada é sinal de infeção, no caso de haver sangue ou ter uma aparência espumosa pode tratar-se de bronquite, pneumonia ou de outras condições mais graves.
Como tratar a tosse
Antes de partir para o tratamento da tosse é preciso identificar de que tipo de tosse se trata e se, de facto, precisa ser tratada.
No que toca à tosse aguda ou de curta duração não há, por norma, grandes preocupações em relação a medidas terapêuticas. Exceto no caso em que se trate de uma tosse seca bastante irritativa e que pode ser resolvida, ou acalmada, com um antitússico.
Tratando-se de uma tosse com expectoração, o acto de expectorar é já uma forma de tratamento para o problema que levou à instalação da tosse e as medidas a tomar são, normalmente, para o tratamento da doença que provocou a tosse e não para a tosse em si.
A tosse crónica deve ser encarada com mais atenção e obriga à identificação do problema que a originou.
De uma forma geral, e seja qual for o tipo de tosse, a hidratação e lubrificação das vias respiratórias é importante para o tratamento. Portanto, é importante ingerir muita água e outros líquidos, como chás ou sopas, além de dissolver rebuçados na boca, de preferência sem açúcar.
Fazer nebulizações ou hidratar o nariz com soro fisiológico são outras medidas indicadas para combater a tosse, uma vez que, no caso da tosse com expectoração, amolecem as secreções e, na tosse seca, hidratam a mucosa.