O seu filho não quer comer? Possíveis causas e o que fazer
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Indíce
- 1. Quais as razões?
- 2. Distúrbio alimentar?
- 3. Quando procurar um médico?
Já tentou de tudo e, ainda assim, o seu filho não quer comer? A preferência por determinados alimentos e as oscilações de apetite são normais nas crianças.
No entanto, a recusa em comer também pode ser motivo para procurar aconselhamento junto de um médico.
Conheça, a seguir, as causas mais comuns para esta situação e formas de incentivar as crianças a comer, bem como os sinais que possam indicar algum problema de saúde.
Possíveis razões para a recusa alimentar e estratégias a adotar
A recusa alimentar em crianças é comum e normal. No entanto, não querer comer durante muito tempo não o é. Os motivos podem ser vários. Por isso, é importante adotar estratégias adequadas à causa:
- Preferências alimentares: As crianças podem ser seletivas em relação aos alimentos que gostam e, assim, recusar certos alimentos ou texturas. Neste caso, ofereça uma variedade de opções saudáveis e tente introduzir gradualmente novos alimentos. Inclua alimentos que a criança goste em combinação com os mais nutritivos.
- Oscilações de apetite: O apetite das crianças pode variar de acordo com o crescimento, atividade e níveis de energia. Aqui, o importante é observar se a falta de apetite é temporária ou persistente.
- Horários de refeição irregulares: Não ter um horário definido pode afetar o apetite. Tente estabelecer horários fixos para as refeições, para que a criança se habitue aos momentos de alimentação.
- Distrações durante as refeições: A televisão, os dispositivos eletrónicos ou os brinquedos podem desviar a atenção da criança. No momento das refeições, crie um ambiente tranquilo, livre de distrações, para que o seu filho se possa concentrar na comida.
- Ansiedade ou stress: Eventos stressantes ou mudanças na rotina também podem afetar o apetite. Converse com a criança sobre os seus sentimentos e tente identificar se há alguma fonte de preocupação.
- Exemplos comportamentais: As crianças tendem a imitar o comportamento dos adultos. Quando os pais têm uma atitude negativa em relação à comida ou saltam refeições, a criança pode seguir esse exemplo. Mostre entusiasmo e faça refeições em família.
O apetite pode ser igualmente afetado por infeções, prisão de ventre, problemas dentários, gastrointestinais, dificuldades de deglutição ou autismo. Se suspeita que uma destas condições possa ser a causa, consulte um médico.
O seu filho não quer comer? Também pode ser um distúrbio alimentar
Esta situação pode também estar a ser despoletada por um distúrbio alimentar, como:
- Anorexia nervosa: obsessão em perder peso;
- Bulimia nervosa: episódios de ingestão alimentar compulsiva seguida de vómito;
- Alimentação seletiva: aceita apenas alguns alimentos, recusando experimentar outros;
- Fobia alimentar: recusa em comer certos alimentos, nomeadamente com uma consistência sólida, com receio de se engasgar ou de vomitar;
- Alimentação excessiva/compulsiva: ingestão compulsiva de alimentos de valor calórico elevado em momentos de maior cansaço ou ansiedade.
Quando procurar aconselhamento médico
Nem sempre é fácil perceber quando não é normal a criança recusar alimentar-se.
Assim, é essencial observar o que o seu filho come. Se comer poucas quantidades durante uma semana, está na hora de visitar o médico para um aconselhamento personalizado.1 Mas há mais sinais a que deve estar atento:
- Perda de peso ou nenhum ganho durante meio ano;
- Fraturas ósseas;
- Comer menos de 20 alimentos diferentes;
- Preferência por marcas ou alimentos específicos;
- Recusa em comer o mesmo que o resto da família;
- Recusa em comer qualquer coisa durante vários dias;
- Forte reação emocional a certos alimentos, como gritar ou fugir;
- Ansiedade relacionada com a comida, manifestada em eventos sociais, por exemplo;
- Recusa em comer determinados grupos de alimentos, como laticínios, leguminosas, carnes, entre outros;
- Engasgar-se ou vomitar.