Zona: o que é e quais os sintomas do herpes zoster?
• 3 mins. leitura
Indíce
- 1. Sintomas
- 2. Possibilidade de contágio
- 3. Tratamento
- 4. Possíveis complicações
- 5. Como prevenir
A zona, ou herpes zoster, é uma reativação do vírus da varicela (varicella-zoster) e que, portanto, só se manifesta em quem já teve esta doença. Se uma pessoa que não tenha tido varicela estiver em contacto com alguém infetado com zona, não irá contrair esta doença, mas, sim, a varicela.
A herpes zoster é mais comum em pessoas imunodeprimidas ou com o avançar da idade, nomeadamente após os 50 anos.
O que é a zona?
Caraterizada pelo aparecimento de manchas na pele, num processo acompanhado por dores intensas ou comichão, a zona, ou herpes zoster, é uma doença infeciosa, que resulta da reativação do vírus da varicela.
Depois de a pessoa ter sido infetada pelo varicella-zoster e mesmo depois de a doença ter sido debelada, o vírus vai alojar-se nas células nervosas, nomeadamente nos gânglios dorsais. Aí pode permanecer inativo durante anos, manifestando-se mais tarde.
Este ressurgimento, sob a forma de herpes zoster, pode acontecer num momento de enfraquecimento do sistema imunitário, ou, simplesmente, pelo avançar da idade, que é considerada o maior fator de risco para o desenvolvimento desta doença.
Nesta altura, o vírus encontra espaço para voltar ao estado ativo. Os nervos sensoriais são atingidos, afetando a circulação sanguínea na região e dando início a uma inflamação.
Sintomas do herpes zoster
Dores intensas e comichão na pele são os primeiros sintomas de zona, com o aparecimento posterior de manchas vermelhas, que se transformam em bolhas (vesículas) com líquido. Posteriormente, estas bolhas dão lugar a crostas.
As bolhas surgem num dos lados do corpo, e distribuem-se na forma de uma faixa, atingindo, frequentemente, as costas, os braços e o rosto, mas também podem apresentar-se noutras zonas do corpo.
Outros sintomas são uma sensação de calor/queimadura, comichão ou formigueiro na região afetada, febre e arrepios de frio, dores de cabeça e desconforto abdominal.
Há possibilidade de contágio?
O contágio acontece pelo contacto direto, através do líquido libertado pelas bolhas ou, indiretamente, através do contacto com objetos contaminados. A fase de contágio dura até todas as lesões estarem em crosta.
A pessoa contaminada desta forma não irá contrair zona, podendo, no entanto, vir a desenvolver varicela se nunca tiver tido a doença antes. Após o contacto direto com a pessoa infetada, o período de incubação é, geralmente, compreendido entre 8 a 21 dias.
Tratamento
O tratamento do herpes zoster deve ter início o mais precocemente possível após o aparecimento dos primeiros sintomas, pelo que se deve recorrer a um médico o quanto antes.
Por norma, além de tratar os sintomas, por meio da utilização de compressas húmidas sobre as zonas afetadas e de analgésicos, são também utilizados medicamentos antivirais.
No caso do herpes ter afetado os olhos, deve recorrer-se a um oftalmologista e, perante uma situação de herpes zoster otológico, deverá ser consultado um otorrinolaringologista.
Possíveis complicações da infeção por herpes zoster
Algumas pessoas podem desenvolver complicações decorrentes da infeção por herpes zoster, nomeadamente:
- Uma dor persistente nos locais onde as lesões se instalaram (neuralgia pós-herpética);
- Perda total ou parcial da visão;
- Inflamação do cérebro (encefalite);
- Infeção secundária das feridas;
- Meningite (inflamação das membranas que rodeiam o cérebro e medula).
Como prevenir a doença?
A única forma de prevenir, totalmente, o surgimento do herpes zoster seria evitar a varicela. De resto, isto só poderá ser feito evitando o contacto com pessoas infetadas e objetos potencialmente contaminados pelo vírus.
Se estiver infetado, deve adotar as seguintes medidas de segurança:
cobrir as bolhas e evitar tocar nelas ou coçar, lavar as mãos com frequência e manter-se afastado de grupos de risco, como as grávidas que nunca tiveram varicela, bebés prematuros, idosos e pessoas com o sistema imunitário debilitado.