homem sentado no sofá em sofrimento com dores nos rins

Doença renal crónica: saiba os cuidados a ter

3 mins. leitura

Ao contrário da doença renal aguda, que, tal como o nome indica, surge de forma súbita, a doença renal crónica (DRC) é uma diminuição lenta e progressiva da capacidade dos rins filtrarem os resíduos metabólicos do sangue e que pode ocorrer durante meses ou mesmo anos.

E, enquanto a doença renal aguda, normalmente, pode ser reversível, evitando evoluir para lesão crónica; no caso da DRC, isso não acontece e o doente inicialmente pode ser tratado visando o foco da causa em questão, o que evita a progressão da doença.


Como se instala

Ao longo de meses ou anos, os rins vão perdendo as suas funções, deixando de fazer a filtragem do sangue e de excretar substâncias que uma vez acumuladas, podem ser tóxicas para o organismo.

Os rins são responsáveis por várias funções no organismo, além da eliminação de toxinas, sendo também o órgão que controla o nível de pH do sangue e equilíbrio hídrico e eletrolítico do organismo.

São ainda funções dos rins a eliminação de substâncias inúteis ou que estejam em excesso na corrente sanguínea, o controlo do nível de sais minerais no sangue, bem como a produção de hormonas que controlam a pressão arterial, a produção de vitamina D e, ainda, as hormonas que estimulam a produção de glóbulos vermelhos.

A falência dos rins leva a que estas funções deixem de ser cumpridas, o que provoca graves problemas de saúde.


Sintomas de doença renal

Os sintomas da doença renal passam, muitas vezes, despercebidos. Por norma, vão surgindo à medida que a condição do rim se agrava, mas, não ocorrendo todos em simultâneo, são desvalorizados ou atribuídos a outros problemas.

Os sintomas mais comuns a que deve estar atento são:

  • Pouca urina
  • Urina amarela escura, com um cheiro forte e que faz espuma
  • Cansaço frequente
  • Inchaço nas pernas e pés
  • Sensação de falta de ar
  • Dores na parte inferior das costas
  • Tensões altas
  • Febre superior a 39ºC
  • Náuseas e vómitos
  • Falta de apetite
  • Cãibras frequentes
  • Formigueiro nas mãos e nos pés
  • Tremores nas mãos
  • Surgimento de pequenos caroços na pele

A existência destes sintomas, e não necessariamente quando surjam todos em conjunto, porque isso raramente acontece, ou só acontece numa fase muito avançada da doença, deve levar a procurar assistência médica.

doença renal

Principais causas

A diabetes e a hipertensão mal controladas são as principais causas da DRC. História familiar de problemas renais ou pessoas que foram sujeitas a algum transplante de órgãos têm mais hipóteses de vir a desenvolver doença renal.

Outros problemas, como a doença poliquística renal ou outras lesões nos rins, devido à existência de pedras nos rins ou de substâncias tóxicas, como medicamentos, por exemplo, são outras potenciais causas do desenvolvimento da DRC.

A diminuição da quantidade de sangue nos rins devido a desidratação ou a um quadro de hipovolemia (pressão arterial marcadamente baixa) pode também conduzir a doença renal crónica.

A septicemia, uma infeção generalizada, é outra das potenciais causas, bem como o uso de medicamentos e suplementos proteicos em excesso ou a interrupção da passagem de urina, causada pelo aumento da próstata ou pela existência de um tumor.

A síndrome hemolítico-urémica, uma doença rara em que há formação de trombos por todo o corpo, que bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais como o cérebro, o coração e os rins, podendo evoluir para insuficiência renal, é outra causa comum da DRC.


Tratamento

Uma vez diagnosticada a doença, e dependendo da gravidade da situação e das consequências operadas ao nível de outros órgãos, o tratamento poderá implicar internamento ou ser feito em regime de ambulatório, obrigando sempre à avaliação por um nefrologista.

Na maior parte dos casos, é feito com recurso a remédios anti-hipertensivos e diuréticos, de forma a eliminar as substâncias tóxicas que possam estar acumuladas no organismo.

Nos casos mais graves, haverá necessidade do paciente ser sujeito a hemodiálise e, eventualmente, ser submetido a um transplante renal.

O tratamento assenta, também, no seguimento de um plano nutricional específico e que privilegia os hidratos de carbono, pondo de lado as proteínas, o sal e o potássio, para evitar a sobrecarga nos rins.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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