O que é o herpes genital? Conheça as causas, sintomas e tratamento
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Como se transmite?
- 3. Sintomas
- 4. Diagnóstico e Tratamento
- 5. Herpes genital e Sida
As mulheres são mais propensas a desenvolver herpes genital, um problema que atinge quase 500 milhões de pessoas, entre os 15 e os 49 anos, segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
É possível estar infetado com este tipo de herpes e não apresentar sintomas durante algum tempo. Uma vez que esta infeção se transmite através do contacto sexual, é importante adotar algumas medidas para prevenir o contágio.
Saiba que cuidados devem ser tidos em conta, bem como de que forma o herpes genital pode ser tratado.
Herpes genital: o que é
O herpes genital é uma infeção causada principalmente pelo HSV-2, um dos dois tipos de Herpes simplex vírus (HSV). Contudo, também pode ser provocado pelo HSV-1.
Esta condição atinge sobretudo os órgãos genitais e a zona anal, mas pode, ainda que raramente, atingir outras partes do corpo, como o reto, por exemplo.
Após a primeira infeção, o vírus fica alojado no corpo, acabando por emergir de forma imprevisível e periódica. Ou seja, quem tem o vírus acaba por sofrer vários episódios ao longo da vida.
Como se transmite?
O herpes genital transmite-se por contacto sexual (vaginal, oral ou anal) entre uma pessoa infetada e outra que esteja em contacto com a sua pele ou mucosas. É possível que pessoas com herpes labial transmitam o HSV-1, através de sexo oral.
Daí que alguns casos de herpes genital sejam causados pelo HSV-1.
Pode ser transmitido mesmo quando não existem lesões visíveis, ou seja, quando não apresenta sintomas. A utilização de preservativo ajuda a prevenir a transmissão, mas, se as lesões não estiverem na zona protegida, não é eficaz. Assim, e para evitar o contágio, é aconselhável que a pessoa infetada se abstenha de contactos sexuais enquanto tiver sintomas.
Sintomas
Os sintomas do herpes genital são dolorosos, sobretudo na primeira infeção.
Numa fase inicial, existe ardor, prurido ou formigueiro na zona afetada (geralmente no colo do útero, vulva, vagina, períneo, coxas e nádegas). Depois, aparecem manchas vermelhas, que dão lugar a bolhas ou vesículas, que rebentam, formando úlceras. Estas feridas acabam por ganhar crostas antes de cicatrizar, o que acontece, geralmente, em cerca de 10 dias.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do herpes genital é feito pelo médico, com base na história clínica e nos sintomas apresentados.
Embora não haja cura para esta doença, existem medicamentos antivirais que ajudam a tratar as lesões, fazendo com que a cicatrização seja mais rápida e reduzindo o risco de transmissão. O tratamento deve começar assim que surjam os sintomas, devendo ser feito sob avaliação e orientação médica.
Herpes genital e HIV
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existe uma relação bastante significativa entre as infeções por HSV-2 e HIV. Um estudo comissionado por esta entidade, publicado em 2017, calcula que cerca de 30% das infeções por HIV ocorridas em 2016, a nível global, tenham sido atribuídas à infeção por HSV-2.
"As pessoas com infeção por HSV-2 têm pelo menos o triplo de probabilidades de serem infetadas com HIV, se forem expostas ao vírus da imunodeficiência humana. Como o vírus do herpes genital causa inflamação e pequenas fissuras na pele da zona genital e anal, é mais fácil a transmissão do HIV", explica a OMS.
Ainda de acordo com esta organização, as pessoas com ambos os vírus têm mais hipóteses de transmitir HIV a outros. Por outro lado, os seropositivos e pessoas com um sistema imunitário comprometido podem ter sintomas de herpes mais severos e mais frequentes.
Herpes genital e gravidez
O herpes genital pode ser especialmente perigoso em mulheres grávidas, já que põe em causa a saúde e a vida do bebé, sobretudo quando o parto é vaginal. Se a mãe tiver conhecimento da doença, é possível programar um parto por cesariana e reduzir este risco.
Contudo, segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), 70% das crianças infetadas nascem de mulheres assintomáticas, sendo que "a situação mais grave para o recém-nascido ocorre quando a mãe adquire a primeira infeção genital pouco tempo antes do parto".
Também de acordo com a SPP, a infeção congénita (transmitida durante a gravidez) é rara. Porém, pode originar problemas graves no cérebro do feto, que causam sequelas graves ou a morte.
Igualmente graves podem ser as consequências da infeção perinatal, se não for tratada. Este tipo de infeção ocorre durante o parto e é a mais comum (90% dos casos).