Malária: como se transmite e quais os sintomas?
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Quais os Sintomas?
- 3. Diagnóstico
- 4. Qual o tratamento?
- 5. Como prevenir?
A malária é uma doença endémica em regiões tropicais, que se transmite através da picada de um mosquito. Saiba quais os sintomas e como pode ser tratada.
A malária é ainda um problema de saúde pública à escala mundial.
Estima-se que, anualmente, existam entre 300 a 500 milhões de infetados, levando à morte de cerca de 1,5 a 2,7 milhões de pessoas.
Embora possa ser fatal, a malária tem cura, sendo importante proceder ao diagnóstico o mais cedo possível.
Fique a saber como se transmite esta doença, quais os sintomas, de que forma pode ser tratada e prevenida.
O que é a malária?
Também conhecida como paludismo, a malária é uma doença parasitária do sangue, que pode ser fatal se não for tratada atempadamente.
A transmissão dá-se através da picada de um mosquito (do género Anopheles), que introduz parasitas da malária na corrente sanguínea da pessoa. Infeta, maioritariamente, os glóbulos vermelhos e as células do fígado.
O período de incubação da doença varia entre 7 a 30 dias, podendo ser ainda mais prolongado.
A malária é endémica em regiões tropicais e subtropicais de África, Ásia, América Central e América do Sul, sendo comum em países como Angola e Moçambique, por exemplo.
Sintomas da malária
A malária pode ser difícil de detetar, mas os sintomas incluem:
- febre, suores e calafrios;
- dores de cabeça;
- cansaço e sonolência (especialmente em crianças);
- enjoos, dor de barriga e diarreia;
- perda de apetite;
- dores musculares;
- pele amarela ou olhos esbranquiçados;
- dor de garganta, tosse e dificuldade em respirar.
Em casos mais graves, pode também manifestar-se por alterações do estado de consciência, que podem ir de uma sonolência forte até ao coma.
Convulsões, dificuldades respiratórias, insuficiência renal, anemia grave e alterações da coagulação sanguínea são outras consequências possíveis nas situações mais críticas.
Os sintomas geralmente aparecem entre 7 e 18 dias após a picada de um mosquito infetado.
Por vezes, a malária pode não dar sinais durante meses e até anos, embora seja mais raro.
Diagnóstico
Apesar de poder escalar e, inclusivamente, conduzir à morte, a malária tem cura, sendo importante diagnosticar o mais cedo possível.
O diagnóstico é realizado através da observação ao microscópio de uma gota de sangue, para visualização direta do parasita.
Existem, ainda, testes rápidos com uma pequena colheita de sangue, que identificam mais indiretamente a presença do parasita.
No caso de surgir febre ou outro sintoma, uma semana a um ano após o regresso de um país tropical ou zona endémica de malária, deve ser observado pelo seu médico ou numa consulta do viajante urgente.
Deve fazê-lo, mesmo que já tenha tido malária, porque isso não confere imunidade, e a doença pode ser contraída novamente.
Tratamento
O tratamento da malária é definido em função da gravidade da situação, podendo passar por comprimidos ou pela administração endovenosa de antimaláricos, para os casos graves.
A terapêutica depende também de outras doenças que o paciente possa ter.
Algumas pessoas podem ter de permanecer no hospital para receber cuidados e tratamentos especializados.
Por vezes, a malária pode voltar. Caso isso aconteça, precisa de ser tratada novamente.
Prevenção
Antes de viajar para um país onde a malária é endémica, é importante aconselhar-se com o seu médico ou ir a uma Consulta de Viajante. Idealmente, deve fazê-lo com uma antecedência entre quatro a seis semanas.
Nessa altura, os profissionais de saúde vão indicar-lhe medicação profilática.
A par da toma de medicamentos, é essencial adotar precauções, para evitar a picada de mosquitos, tais como:
- Usar vestuário que cubra quase todo o corpo, nomeadamente calças e camisas ou outras peças que cubram os braços;
- Usar repelente ou inseticida nas roupas, já que as picadas podem ocorrer através da roupa;
- Utilizar repelente de insetos diretamente nas zonas do corpo expostas.
Se for acampar ou dormir em zonas sem ar condicionado, use uma rede mosquiteira. Deve impregná-la de inseticida, pois alguns mosquitos mais pequenos conseguem passar através da rede.2
Como aplicar o repelente de insetos
Para a prevenção da picada de insetos, existem repelentes com diferentes composições, a maioria contém dietiltoluamida (DEET), uma substância mais eficaz.
A aplicação destes produtos requer alguns cuidados.
Os repelentes em spray podem ser aplicados sobre a roupa.
Na pele, primeiro deve aplicar-se um protetor solar (com fator 30 a 50). A seguir, deve pulverizar-se o spray na palma das mãos e só depois nas restantes áreas expostas, nomeadamente nos punhos, tornozelos e pescoço.
Na cara, não deve ser aplicado repelente sob a fórmula de spray. São mais adequadas as alternativas em creme, loção roll-on ou stick.
Independentemente da fórmula, estes produtos não devem ser usados nos olhos ou na boca nem sobre cortes, feridas ou sobre a pele irritada.
Pelo risco potencial de entrarem em contacto com os olhos ou a com boca, os repelentes devem ficar fora do alcance das crianças. A aplicação deve ser sempre feita pelos pais e só se os bebés tiverem mais de dois meses.