Raiva: sintomas e formas de prevenir esta doença fatal
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Sintomas
- 3. Tratamento
- 4. Prevenção
A raiva é uma doença vírica, potencialmente fatal, mas para a qual existe tratamento, desde que se procure atendimento médico imediato, após uma mordida ou um arranhão de um animal que se suspeite estar infetado.
Prevenir esta doença passa, essencialmente, pela vacinação dos animais, nomeadamente dos cães.
O que é a raiva
A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença infeciosa que pode ser transmitida entre animais e pessoas.
Portugal é considerado um país indemne desta patologia, ou seja, onde a doença não é endémica ou habitual.
Este problema é causado por um vírus da família Rhabdoviridae, género Lyssavirus, que pode entrar no organismo humano através de uma ferida aberta, mas também através das mucosas ou de lesões existentes na pele.
A raiva afeta o sistema nervoso central, sendo transmitida, principalmente, através da mordida ou de um arranhão provocado por um animal infetado, como um cão ou um gato.
Contudo, há outros animais que também podem ser portadores deste vírus, tais como as raposas e os morcegos.
Sintomas da raiva
A raiva é quase sempre fatal se não for detetada e tratada antes do aparecimento dos sintomas, que podem variar consoante os diferentes estágios.
O primeiro estágio é o chamado período de incubação e pode durar entre semanas a meses, sem manifestar nenhum sintoma específico.
Segue-se a fase prodrómica, caraterizada por febre, mal-estar, dores de cabeça e fraqueza.
Com o evoluir da doença, o paciente pode desenvolver sintomas neurológicos, incluindo agitação, ansiedade, agressividade, confusão mental, convulsões e paralisia.
À medida que o vírus se instala no sistema nervoso central, dá-se uma inflamação progressiva e fatal do cérebro e da medula espinhal. Quando a raiva atinge este nível, muito dificilmente pode ser curada, e, mesmo que se consiga controlar e evitar a morte do paciente, nunca será sem graves lesões neurológicas.
Nesta altura, em que o vírus atinge a medula, a raiva pode apresentar uma das seguintes formas:
- Raiva furiosa: resulta em hiperatividade, ansiedade e agressividade extrema, alucinações, hidrofobia (medo de água), descoordenação motora e aerofobia (medo de ar fresco ou de correntes de ar). A morte acontece alguns dias depois do início destes sintomas, devido a paragem cardiorrespiratória.
- Raiva paralítica: esta é responsável por cerca de 20% do número total de casos de raiva entre os seres humanos. Revela-se de maneira menos expressiva e a sua progressão é mais longa. Os músculos vão ficando paralisados, começando no local da ferida. Lentamente, o doente irá entrar em coma, acabando por morrer.
Tratamento
Assim que surgem os sintomas, o tratamento é praticamente impossível, pelo que é crucial procurar atendimento médico imediato após a mordida ou arranhão provocado por um animal que se suspeite estar infetado.
O tratamento pós-exposição passa pela limpeza das feridas e administração de vacinas e imunoglobulinas, para tentar travar o desenvolvimento da doença.
Prevenção
Para evitar a propagação da raiva e proteger a saúde pública, é essencial adotar métodos de prevenção.
O principal passa pela vacinação dos animais, nomeadamente de cães e gatos, bem como o gado e outros que contactam com os seres humanos.
Prevenir esta doença passa igualmente pelo controlo da população animal, por via da esterilização e castração, para reduzir a quantidade de animais abandonados.
Por outro lado, é fundamental tomar medidas para evitar qualquer contacto com os morcegos, dado serem animais selvagens e potencialmente portadores de raiva.
É importante, ainda, promover ações de sensibilização sobre como evitar mordidas ou arranhões, por parte de animais desconhecidos ou suspeitos.