Descubra o que é uma trombose e o que pode causá-la
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Sintomas
- 3. Complicações
- 4. Qual o tratamento?
- 5. Como prevenir?
A trombose venosa, que acontece numa veia e à qual dedicamos mais atenção neste artigo, é a mais comum, mas a trombose arterial, que afeta uma artéria, sendo menos comum pode ser mais grave, podendo estar na origem dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e do enfarte cardíaco.
O que é uma trombose
O coágulo de sangue, designado por trombo, que se fixa no interior da veia ou artéria, vai bloquear a circulação de sangue na área afetada, podendo também libertar-se e deslocar-se pela corrente sanguínea até à circulação de determinado órgão, como o pulmão, o coração ou o cérebro. Este processo denomina-se embolia e, pode provocar o chamado tromboembolismo pulmonar, ou até mesmo enfarte agudo do miocárdio ou um AVC.
Na maior parte dos casos, a trombose venosa profunda pode formar-se também noutras partes do corpo, nomeadamente nos braços.
Sintomas da trombose
Apesar de, na maioria das vezes, a trombose ser apenas detetada no momento em que já foram provocados estragos, como seja após uma embolia, há sinais aos quais deverá estar atento:
- Inchaço na área afetada;
- Calor e vermelhidão;
- Maior sensibilidade ao toque;
- Dor ou uma sensação de peso;
- Rigidez nos músculos.
No caso da trombose arterial, há outros sintomas a ter em atenção:
- Dor no peito;
- Falta de ar;
- Fraqueza num dos lados do corpo;
- Uma alteração repentina do estado mental.
Complicações desta doença
Além do risco de afetar importantes órgãos do corpo, a trombose pode conduzir à gangrena, uma condição que está muitas vezes na origem da amputação do membro afetado e associada a uma elevada taxa de mortalidade.
Os coágulos de sangue podem ocorrer ao nível das veias profundas, condição a que se dá o nome de trombose venosa profunda (TVP), ou ao nível das veias superficiais, sendo aqui designada como trombose venosa superficial.
As causas mais comuns para a trombose são a existência de uma lesão no revestimento da veia, uma predisposição genética ou presença de história familiar para a formação de coágulos sanguíneos e a redução do fluxo sanguíneo por imobilidade.
A obesidade, o uso de medicamentos que interferem na coagulação ou o tabagismo são também fatores de risco conhecidos.
A síndrome pós-trombótica é uma complicação tardia e bastante comum da trombose venosa, caraterizando-se por dor e inchaço na área afetada mesmo após o tratamento da TVP, além de dermatite pigmentada, varizes e a existência de úlcera ativa ou cicatrizada.
Por outro lado, há que ter em conta o historial clínico da pessoa e algumas situações/condições passíveis de potenciar o surgimento de uma trombose, como sejam:
- Predisposição genética;
- Gravidez;
- Longos períodos de imobilização, por exemplo na sequência de um internamento longo;
- Dificuldade de se movimentar durante viagens longas, nomeadamente de avião;
- Terapia de reposição hormonal;
- Uso prolongado de anticoncepcionais;
- Existência de varizes;
- Cirurgias, nomeadamente cirurgias ortopédicas;
- Colesterol alto;
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Aterosclerose.
Tratamento mais adequado
Dependendo da extensão e local em que o trombo se encontra, este pode ser removido através de cirurgia ou ser como que dissolvido através de medicação.
A cirurgia é a opção quando se trata de um quadro de maior gravidade, ou quando não é possível eliminar o trombo através do uso dos medicamentos, nomeadamente anticoagulantes ou trombolíticos, cuja indicação e via de administração vai depender de cada quadro e localização do trombo.
Após uma trombose, a pessoa poderá ter de ficar a tomar medicação mesmo depois do problema ter ficado resolvido, como medida preventiva, para não voltar a sofrer um novo episódio.
Além da medicação, o paciente poderá ser aconselhado a usar meias elásticas e a praticar exercício físico.
Como prevenir este problema
Não sendo possível evitar alguns fatores de risco, há formas de prevenir a trombose, tais como:
- Não fumar;
- Praticar exercício;
- Evitar consumir bebidas alcoólicas:
- Ter uma alimentação saudável;
- Controlar o peso;
- Se a sua ocupação o obrigar a estar muito tempo sentado, tentar levantar-se e fazer alguns exercícios;
- Durante viagens prolongadas, usar roupas e calçados folgados e confortáveis;
- Usar meias de compressão;
- Beber muita água.
No caso de ter algum sintoma ou história familiar da doença, deve consultar um médico, preferencialmente um especialista em Cirurgia Vascular, que o aconselhará sobre os cuidados a ter e, eventualmente, medicação ou outras medidas.