Sofre de caspa? Saiba porque pode surgir e como livrar-se dela
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Sintomas
- 3. Fatores de Risco
- 4. Como tratar
- 5. 10 Cuidados com a Caspa
Quem sofre de caspa sabe que nem sempre é fácil lidar com este problema, até porque não é possível controlar o seu aparecimento.
Da comichão às inestéticas partículas brancas que parecem multiplicar-se, sobretudo quando se usa roupa escura, são várias as razões para que se queira livrar deste incómodo.
Saiba que fatores podem contribuir para o surgimento da caspa, que tratamentos existem e que cuidados pode adotar para evitá-la.
O que é a caspa?
A caspa é considerada uma forma leve de dermatite seborreica, que consiste numa inflamação do couro cabeludo.
A dermatite seborreica surge em zonas da pele com muitas glândulas sebáceas, que produzem sebo (o chamado "óleo da pele"), mas as suas causas não são totalmente conhecidas.
Sabe-se, contudo, que o modo como a pele reage a determinados microorganismos ou à presença de leveduras do género Malassezia está relacionado com um aumento da incidência da dermatite seborreica.
Esta inflamação pode afetar jovens, adultos e também bebés. Nos bebés, esta condição denomina-se crosta láctea. Não causa muita comichão, não tem implicações na saúde da criança e desaparece de forma espontânea antes dos seis meses.
Sintomas
A caspa causa partículas brancas ou amarelas de pele seca, que se soltam do couro cabeludo. Por vezes, pode ocorrer alguma comichão.
Ao contrário da caspa, a dermatite seborreica não se manifesta apenas no couro cabeludo. Pode espalhar-se para outras zonas com pelos, como as sobrancelhas, bigode, barba ou em pregas do corpo (por exemplo, atrás das orelhas). Também pode incluir outros sintomas, que podem variar consoante a idade da pessoa e o seu estado clínico.
Os sintomas mais comuns da dermatite seborreica são:
- Pele seca e escamosa;
- Manchas oleosas;
- Comichão ou ardor;
- Vermelhidão, inchaço e inflamação.
Fatores de risco da caspa e da dermatite seborreica
Os fatores de risco da caspa incluem:
- Idade: a caspa geralmente começa durante a puberdade, atinge o pico por volta dos 20 anos e, após os 50 anos, deixa de ser tão comum;
- Ser do sexo masculino: a caspa é mais prevalente em homens do que em mulheres, porque os homens tendem a produzir mais sebo (óleo);
- Certas condições médicas: a doença de Parkinson, entre outros problemas que afetam o sistema nervoso, e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) parecem contribuir para o desenvolvimento de caspa.
Estes fatores de risco são comuns à dermatite seborreica. No entanto, há mais circunstâncias que podem levar ao seu surgimento, nomeadamente:
- Colesterol alto: pode haver uma ligação entre níveis elevados de colesterol e o risco de desenvolver dermatite seborreica;
- Stress emocional: a dermatite seborreica tende a ser mais comum em pessoas que sofrem de depressão ou stress emocional.
Tanto a dermatite seborreica como a caspa podem igualmente ser influenciadas pela componente genética. Por isso, quem tem pessoas na família com estas condições tem maior probabilidade de desenvolvê-las.
Como tratar
Há tratamentos para a caspa e para a dermatite seborreica, que, embora não curem estes problemas, aliviam bastante os sintomas.
Habitualmente, é possível controlar a caspa de forma eficaz com um champô anticaspa, cuja frequência de aplicação pode variar entre uma a duas vezes por semana.
A dermatite seborreica pode exigir uma visita a um dermatologista, para que o tratamento seja determinado em função da localização e gravidade das lesões. Por norma, é recomendada uma loção ou champô antifúngico tópico.
Se não houver uma resposta positiva a este tratamento, o médico pode indicar outras soluções, nomeadamente medicamentos anti-inflamatórios e champô de alcatrão.
Já nas situações de crosta láctea, se a descamação for ligeira e não incomodar o bebé, pode não ser necessário tratamento. De qualquer forma, é importante seguir as recomendações do pediatra e ter atenção para perceber se existe inchaço, sangramento ou fluidos nas zonas afetadas.
Complicações associadas
A caspa não tem, geralmente, complicações associadas. No entanto, caso exista um agravamento ou os sintomas persistam, após iniciado o tratamento, é aconselhável consultar um médico.
Também deve procurar um dermatologista se o couro cabeludo estiver inflamado, inchado ou muito sensível.
A opinião de um especialista é ainda aconselhada caso tenha muita comichão ou irritação, já que pode ser uma forma mais severa de dermatite seborreica.
É importante que atue assim que comecem a surgir os primeiros sintomas, para perceber exatamente qual é o diagnóstico e o tratamento mais indicado. Pode acontecer que, devido à comichão intensa, acabe por coçar demais e agrave a situação, originando uma infeção.
10 cuidados que ajudam a evitar a caspa
Há alguns hábitos que podem ajudar a evitar a caspa, tais como:
1. Lave o cabelo com frequência, sobretudo se for oleoso;
2. Não use água demasiado quente para lavar o cabelo;
3. Use produtos capilares adequados ao seu tipo de cabelo;
4. Não use produtos em excesso, aplicando apenas uma pequena quantidade;
5. Evite coçar a cabeça, porque isso aumenta a irritação;
6. Escove o cabelo regularmente;
7. Limpe as escovas de cabelo com alguma frequência, para retirar fios de cabelo e resíduos de produtos;
8. Proteja o couro cabeludo da radiação ultravioleta (UV), usando um chapéu quando está ao sol;
9. Evite situações de stress;
10. Faça uma alimentação equilibrada, que inclua zinco, vitaminas do complexo B e certos tipos de gorduras.