Conheça os riscos da automedicação
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Indíce
- 1. Porque não?
- 2. Principais Riscos
Podemos entender por automedicação a prática de ingestão de medicamentos sem a devida prescrição e sem o acompanhamento por parte de um profissional qualificado, para fins de alívio e tratamento de queixas de saúde. Embora, no caso dos medicamentos de venda livre, o acompanhamento e aconselhamento de um profissional de saúde seja opcional, é importante estar consciente dos principais riscos e contraindicações de automedicar-se.
É provável que qualquer pessoa que tenha sentido um mal-estar ligeiro, dores ou febre já se automedicou. No entanto, por mais habitual que isto seja, há muitos riscos envolvidos. Ao tomar medicamentos sem acompanhamento médico, poderá estar a arranjar um problema maior de saúde e com consequências muito graves.
Automedicação: porque não o deve fazer e quais os principais riscos
O único perigo não é apenas a utilização incorreta dos medicamentos não sujeitos a receita médica. É também grave seguir dicas de familiares e amigos para medicamentos ou formas de tomar, comprar medicação online em sites duvidosos, bem como alterar dosagens e horários de tomas prescritas por médicos.
Porque não deve automedicar-se?
O uso indiscriminado e exagerado de medicamentos acarreta demasiados riscos. Um dos riscos é criar resistência, o que pode ser grave quando precisar realmente de um medicamento.
É por isso importante ter cuidado com a toma de anti-inflamatórios de venda livre e sem qualquer acompanhamento profissional.
No caso de antibióticos - embora para os adquirir precise de receita médica - é necessário que cumpra o horário e as dosagens estabelecidas pelo médico. Também é importante que o tome até ao fim, mesmo que se sinta melhor.
Consultar um médico será sempre o melhor a fazer, mesmo em situações menos graves. Por exemplo, ter dores de cabeça constantes pode alertar para a necessidade de usar óculos, mas também para situações clínicas de maior gravidade. Ou seja, tomar um analgésico não vai tratar a causa, mas a toma sistemática e em excesso de analgésicos pode causar-lhe problemas de saúde que podem ir da simples azia à insuficiência renal.
Além disso, outra situação recorrente ocorre em termos de reação cruzada com outros medicamentos que já são de uso habitual. A depender da situação clínica, esta pode ser agravada em virtude de interação medicamentosa, que é desconhecida pela pessoa.
Outro aspeto importante é que automedicar-se pode agravar sintomas, camuflar uma doença mais grave e, assim, atrasar o tratamento para a sua recuperação.
Ao utilizar um antipirético para baixar a febre, pode estar a ignorar o alerta para uma possível infeção, por exemplo.
Quais os principais riscos da automedicação?
Os principais riscos da automedicação incluem:
- Diagnóstico errado e, assim, atraso e possível agravamento no tratamento de uma doença;
- Tratamento errado e consequente risco de resistência terapêutica;
- Risco de sobredosagem ou subdosagem, ou seja, tomar uma dose maior ou menor que a desejável;
- Risco de intoxicação;
- Duração desadequada do tratamento;
- Possíveis reações alérgicas;
- Potenciais efeitos secundários ou mesmo aparecimento de efeitos secundários;
- Resistência ao medicamento, ou seja, o medicamento deixa de ser eficaz quando dele precisar;
- Possíveis interações medicamentosas, ou seja, a toma de um medicamento pode anular ou potencializar os efeitos do outro.
De salientar que, pela sua fragilidade e condição, deverá ser sempre consultado um médico antes de medicar crianças, idosos e grávidas.