mulher a fazer exame oftalmológico

10 sinais a que deve estar atento na saúde ocular

5 mins. leitura

A visão é um dos nossos cinco sentidos e um dos que mais utilizamos no dia a dia para realizar as mais variadas tarefas do nosso quotidiano. Por esse motivo, cuidar da saúde ocular é fundamental e, para isso, há que estar atento a sinais que possam indicar que algo não está bem.

Visitar periodicamente o oftalmologista ou sempre que detetar um dos sinais que elencamos em seguida, é um passo essencial para prevenir problemas maiores e contribuir para uma boa saúde ocular.


10 sinais que não deve ignorar para uma boa saúde ocular

Visão embaciada ou desfocada

A sensação de ver enevoado, mesmo quando não está nevoeiro, pode ser sinal de alguma doença ocular, como é o caso de catarata, presbiopia, glaucoma, degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), entre outros problemas. Por esse motivo, este sintoma merece a visita a um oftalmologista.


Perda de visão

Se sente que está a perder qualidade ou capacidade de visão, deve consultar de imediato um oftalmologista e não esperar que essa dificuldade visual se agrave. Este sintoma pode estar associado a catarata, DMRI, retinopatia diabética ou glaucoma e, neste último caso, o risco de cegueira aumenta.


Fotofobia

Se sente grande dificuldade em adaptar-se a ambientes ora escuros, ora claros, isso pode ser sinal de que sofre de DMRI, edema macular diabético ou de uma lesão na córnea.

Caso este sintoma só se manifeste após estar várias horas a olhar para o ecrã de um dispositivo eletrónico (computador, tablet, telemóvel), então este não é, necessariamente, um sinal de doença, mas apenas de cansaço, pelo que se recomenda que não passe muitas horas seguidas a olhar para um ecrã.


Visão com manchas, flashes de luz ou corpos flutuantes

As caraterísticas destas manchas, flashes de luz ou corpos flutuantes podem variar muito de indivíduo para indivíduo, assim como a sua causa.

Algumas das doenças oftalmológicas que podem originar estes sinais são: DMRI, hemorragia vítrea, descolamento de retina e descolamento de vítreo. Porém, o diagnóstico exato deste problema só poderá ser feito por um oftalmologista.


Alteração frequente da graduação

Em certas fases da vida, ter de mudar regularmente de graduação pode ser normal mas, a partir dos 40 anos de idade, esta condição pode estar relacionada com alguns problemas, como a presbiopia. Logo, nestas situações, também é importante consultar um oftalmologista.


Visão dupla

Este sintoma pode surgir associado a diversos problemas, de raiz oftalmológica e não só. Esta condição pode estar relacionada com o estrabismo, mas também com um acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma cerebral ou tumor. Portanto, em caso de visão dupla, deve procurar logo ajuda médica.


Olhos vermelhos, secos e/ou com prurido

Ter os olhos vermelhos, secos e/ou com prurido pode ser uma condição temporária e inofensiva. Pode ser uma reação a agentes como a luz solar, o cloro das piscinas ou a ação de alguns vírus e bactérias.

Porém, em alguns casos, pode ser indicador de uma lesão ou de doenças como síndrome do olho seco, conjuntivite, conjuntivite alérgica, glaucoma, uveíte e esclerite.

O tratamento carece sempre de diagnóstico e avaliação médica.

Dificuldade em distinguir cores e pormenores

Além da causa mais associada à dificuldade em distinguir cores - o daltonismo -, este problema em observar com precisão certos detalhes pode também estar relacionado com doenças como catarata, DMRI e glaucoma e inflamação do nervo óptico (nevrite óptica).


Doenças crónicas

Algumas doenças crónicas e medicações para o controlo dessas doenças também podem favorecer o surgimento de doenças oftalmológicas. Dois dos casos mais evidentes são a diabetes e a hipertensão arterial.

A retinopatia diabética afeta mais de metade dos diabéticos e eleva o risco de cegueira nestes pacientes. Assim, estes doentes crónicos devem visitar regularmente o oftalmologista, de modo a fazerem exames de rotina e de controlo da sua visão.


Dores de cabeça frequentes

Se tem, diariamente, dores de cabeça, sem causa aparente, equacione a possibilidade de elas estarem relacionadas com erros refrativos.

Se tem dificuldade em ver ao longe ou ao perto e não usa óculos ou lentes devidamente graduados, isso significa que está a fazer um esforço extra para conseguir ver com nitidez, o que pode originar dores de cabeça. Se é este o seu caso, visite um oftalmologista.


Cuidados a ter com os seus olhos

Como vimos, as doenças oftalmológicas podem dar sinais, mas nem sempre é assim ou nem sempre esses sinais surgem a tempo de tratar ou de corrigir o problema. Daí, a importância dos rastreios oftalmológicos e das consultas de rotina.

Além disso, existem alguns comportamentos que podemos adotar para prevenir problemas de visão, tais como:

  • Ir regularmente ao oftalmologista, sobretudo se fizermos parte de grupos de risco, como doentes crónicos, indivíduos mais velhos ou pessoas com problemas visuais já diagnosticados;
  • Usar óculos de sol, que filtrem 99% a 100% da luz UV (tanto UV-A, como UV-B), e chapéu de abas largas;
  • Ter precauções especiais, no caso de tomar medicação como doxiciclina, tetraciclina, alopurinol, etc;
  • Regular o brilho e o contraste dos ecrãs, de modo a que seja menos forte para os olhos e, assim, evitar o reflexo de luzes nos ecrãs;
  • Evitar processadores de texto com contrastes de cor muito dissonantes, como trabalhar com letras pretas num fundo branco e, em simultâneo, num fundo preto com letras brancas;
  • Aplicar filtros no ecrã e usar óculos apropriados para trabalhar no computador, também podem ser auxiliares úteis;
  • Realizar rastreios oftalmológicos a crianças nos primeiros dias de vida, aos 6 meses de idade, aos 2/3 anos de idade e aos 6 anos de idade;
  • Nunca se automedicar, aplicando colírios ou pomadas oftálmicas que não tenham sido prescritas por um médico;
  • Não olhar diretamente para o sol, nem para a luz da soldadura, caso não tenha proteção ocular adequada.

Cuide bem dos seus olhos!

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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