As 10 fobias mais pesquisadas em Portugal e como superá-las.
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Indíce
- 1. As 10 fobias mais comuns
- 2. Aracnofobia
- 3. Agorafobia
- 4. Claustrofobia
- 5. As fobias e nós
As fobias são transtornos de ansiedade caraterizados por medos intensos e irracionais em relação a objetos, situações ou animais específicos. Estes medos podem ter um impacto significativo na vida cotidiana das pessoas que os vivenciam.
É importante lembrar que, embora as fobias possam ser debilitantes, elas podem ser minimizadas ou até extintas existindo abordagens comprovadas que podem ajudar a superar estes medos.
Quais as fobias mais pesquisadas em Portugal?
Embora cada pessoa seja única e possa ter medos específicos, existem 10 fobias que são mais conhecidas em Portugal.
Estas fobias são amplamente reconhecidas e podem ter um impacto significativo na vida das pessoas que as vivenciam.
Vamos explorar a seguir as 10 fobias mais comuns em Portugal e discutir estratégias eficazes para superá-las e melhorar a qualidade de vida.
Aracnofobia
A aracnofobia é uma das fobias mais comuns em Portugal.
Pessoas com aracnofobia vivenciam um medo extremo e aversão em relação a aranhas, mesmo que estejam num ambiente seguro. Esta fobia pode ter origem em experiências negativas com aranhas ou em alguma experiência social, como observar reações negativas de outras pessoas durante o crescimento do indivíduo.
Entre algumas estratégias para superar esta fobia sendo a mais usual a terapia de exposição gradual onde o paciente é exposto gradualmente a imagens, vídeos ou até mesmo aranhas reais, com o apoio de um terapeuta.
Acrofobia
A acrofobia é outra fobia prevalente em Portugal.
Pessoas com acrofobia vivenciam ansiedade intensa ao enfrentar alturas, como por exemplo estar em prédios altos ou atravessar pontes.
Este medo pode ser desencadeado por experiências traumáticas anteriores envolvendo alturas ou até mesmo por influência genética.
Entre algumas estratégias para superar esta fobia enumeram-se:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e questionar pensamentos negativos relacionados a alturas, substituindo-os por pensamentos mais realistas e positivos.
- Exposição progressiva: Gradualmente expor-se a alturas, começando por situações menos assustadoras e avançando gradualmente para alturas maiores.
Agorafobia
A agorafobia é uma fobia que afeta cerca de 4% da população portuguesa.
Ela carateriza-se pelo medo de estar em lugares públicos ou em situações em que escapar pode ser difícil ou constrangedor.
Pessoas com agorafobia tendem a evitar lugares como shoppings, transportes públicos lotados ou eventos sociais devido ao medo de ter um ataque de pânico.
Esta fobia pode surgir após experiências traumáticas ou como resposta a ataques de pânico anteriores.
Em termos de diagnóstico, o médico terá de verificar os seguintes critérios de forma a diagnosticar a Agorafobia:
- Medo ou ansiedade intensa sobre estar em locais ou situações específicas, tais como espaços abertos, multidões, filas ou transportes públicos.
- O medo é desproporcional à ameaça real presente na situação e é persistente, geralmente por um período de 6 meses ou mais.
- A presença nestas situações desencadeia frequentemente uma resposta de ansiedade ou de um ataque de pânico.
- A pessoa evita ativamente ou enfrenta estas situações com ansiedade intensa, ou então precisa de um acompanhante para sentir-se segura.
- O medo ou recusa causa sofrimento significativo ou interfere na vida diária, como também nas atividades sociais, profissionais ou educacionais.
Entre algumas estratégias para superar esta fobia enumeram-se:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e desafiar pensamentos negativos e crenças limitantes relacionadas a lugares públicos ou multidões.
- Exposição gradual: Expor-se gradualmente a ambientes sociais, começando por lugares menos desafiadores e aumentando gradualmente a exposição.
Claustrofobia
A claustrofobia é uma fobia com alguma prevalência na população portuguesa.
Pessoas com claustrofobia vivenciam um medo intenso e ansiedade em espaços fechados, como elevadores, túneis ou salas pequenas.
Esta fobia pode desenvolver-se a partir de experiências traumáticas ou devido a um senso de falta de controle em ambientes confinados.
Entre algumas estratégias para superar esta fobia enumeram-se:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e questionar pensamentos negativos relacionados a espaços fechados, substituindo-os por pensamentos mais realistas e positivos.
- Relaxamento muscular progressivo: Aprender a relaxar os músculos em situações desafiadoras e praticar técnicas de relaxamento.
- Terapia medicamentosa: Utilização de fármacos pra controlar a ansiedade perante situações claustrofóbicas.
Entomofobia
A entomofobia é uma das fobias mais difundidas em Portugal.
Pessoas com entomofobia vivenciam o medo extremo e repulsa em relação a insetos.
Esta fobia pode originar-se a partir de experiências negativas com insetos, como picadas dolorosas, ou devido a crenças culturais e sociais que associam insetos a perigo.
Entre algumas estratégias para superar esta fobia, enumeram-se:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e desafiar pensamentos negativos relacionados a insetos, substituindo-os por pensamentos mais realistas e menos ameaçadores.
- Terapia de dessensibilização: Expor-se gradualmente a imagens ou até mesmo a insetos reais, com o suporte de um terapeuta.
Nictofobia
A nictofobia é uma fobia comum, especialmente junto da população mais jovem, como bebés e crianças.
Pessoas com nictofobia vivenciam um medo intenso do escuro, podendo sentir ansiedade significativa ao depararem-se com ambientes com pouca ou nenhuma luz.
Esta fobia pode ter origem em experiências traumáticas na infância ou estar relacionada a um senso de vulnerabilidade em ambientes escuros.
Algumas estratégias para minimizar esta fobia são:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e questionar pensamentos negativos relacionados ao escuro, substituindo-os por pensamentos mais realistas e tranquilizadores.
- Exposição gradual: Gradualmente enfrentar situações com pouca luz, utilizando uma luz fraca como suporte inicial.
Aerofobia
A aerofobia é uma fobia bastante comum em Portugal.
Pessoas com aerofobia vivenciam um medo intenso e ansiedade relacionados a voar, mesmo que estejam conscientes da segurança dos voos.
Esta fobia pode surgir devido a experiências negativas em viagens de avião, medo de perder o controle ou preocupações com a segurança.
Algumas estratégias para minimizar ou relativizar esta fobia são:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e desafiar pensamentos negativos relacionados a voar, substituindo-os por pensamentos mais realistas e positivos.
- Técnicas de relaxamento: Aprender técnicas de respiração e relaxamento para controlar a ansiedade durante voos.
Aicmofobia
A Aicmofobia, também conhecida como fobia de objetos pontiagudos, é um tipo específico de fobia que afeta um número significativo de pessoas em Portugal.
Esta fobia é caraterizada por um medo intenso e irracional de objetos afiados, como agulhas, facas, tesouras ou até mesmo objetos pontiagudos presentes no ambiente cotidiano.
Aqueles que sofrem de Aicmofobia podem vivenciar uma ansiedade extrema, palpitações cardíacas, suor excessivo e até mesmo ataques de pânico quando expostos a esses objetos temidos.
Esta fobia pode interferir significativamente na vida diária, limitando atividades comuns e causando desconforto emocional.
Algumas estratégias para minimizar ou mesmo tratar esta fobia são:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e desafiar pensamentos negativos relacionados com agulhas, substituindo-os por pensamentos mais realistas e menos ameaçadores.
- Terapia de exposição gradual: Expor-se gradualmente a situações relacionadas a agulhas (Como filmes ou imagens), com o apoio de um terapeuta.
Hematofobia
A hematofobia é uma fobia comum, na população portuguesa.
Pessoas com hematofobia vivenciam um medo intenso e aversão a sangue ou feridas.
Este medo pode estar associado a experiências traumáticas anteriores, como ferimentos graves, ou ser influenciado por fatores genéticos e culturais.
Algumas estratégias para minimizar esta fobia são:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e questionar pensamentos negativos relacionados a sangue ou feridas, substituindo-os por pensamentos mais realistas e tranquilizadores.
- Exposição gradual: Gradualmente expor-se a imagens ou situações envolvendo sangue, com o suporte de um profissional.
Fobia Social
A fobia social, também conhecida como transtorno de ansiedade social, é caraterizada pelo medo intenso e persistente de situações sociais, como falar em público, interagir com estranhos ou participar de eventos sociais.
A fobia social pode ser extremamente limitante e afetar negativamente a vida social e profissional das pessoas que a enfrentam. No entanto, existem estratégias eficazes disponíveis para superar essa fobia.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Identificar e questionar pensamentos negativos e crenças limitantes relacionados às situações sociais, substituindo-os por pensamentos mais realistas e positivos.
- Exposição gradual: Gradualmente expor-se a situações sociais desafiadoras, começando por encontros mais controlados e avançando para contextos mais desafiadores.
- Habilidades sociais: Aprender estratégias de comunicação eficazes, expressão emocional e assertividade para lidar com as interações sociais.
- Relaxamento e técnicas de respiração: Utilizar técnicas de relaxamento muscular e respiração profunda para reduzir a ansiedade em situações sociais.
- Grupos de apoio: Participar em grupos de apoio ou terapia de grupo, onde indivíduos com fobia social compartilham experiências, apoiando-se mutuamente.
A terapia cognitivo-comportamental, a exposição gradual, o desenvolvimento de habilidades sociais e o suporte de grupos de apoio podem ajudar a pessoa a sentir-se mais confiante e confortável em situações sociais.
As Fobias e nós
Superar os medos e fobias é extremamente importante para o bem-estar emocional e para a qualidade de vida. Embora possa ser um desafio enfrentar essas dificuldades, existem estratégias eficazes, bem como profissionais especializados prontos a ajudar.
É fundamental lembrar que cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente às abordagens de superação. Portanto, é altamente recomendável procurar ajuda profissional, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas, quando os medos e fobias começam a interferir nas atividades diárias, nos relacionamentos ou no bem-estar em geral.
Através da terapia cognitivo-comportamental, da exposição gradual e de técnicas terapêuticas, é possível superar e controlar os seus medos. Se acompanhados por profissionais competentes, os indivíduos podem aprender a enfrentar as suas fobias, modificar padrões de pensamento negativos e desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis.
Além disso, é importante reconhecer que superar os medos não é um processo rápido ou linear. Requer dedicação e paciência.
Não tenha medo, procure ajuda e acredite na possibilidade de uma vida livre do domínio destes medos paralisantes.
Com o apoio adequado e a determinação pessoal, é possível superar os medos e retomar o controle.
Há recursos disponíveis e profissionais dispostos a auxiliar.
A chave para o sucesso está em dar o primeiro passo.