O protetor solar não tem validade. Conheça este e outros mitos
• 5 mins. leitura
Indíce
- 1. Mitos sobre o protetor
- 2. Dicas para escolher
Apesar das inúmeras campanhas sobre a prevenção do cancro de pele, subsistem ainda muitos mitos sobre o protetor solar, que levam algumas pessoas a descurar os cuidados durante a exposição ao sol.
Fique a conhecer, neste artigo, algumas das ideias formadas à volta da utilização deste produto e a perceber porque não correspondem à verdade.
Mitos sobre o protetor solar
Há quem não use protetor solar por preguiça ou por descuido, mas também há quem não o faça por acreditar que pode causar cancro.
Este é apenas um dos muitos mitos, que servem de justificação para que muitas pessoas continuem a não aplicar protetor solar.
Compilámos algumas das ideias erradas que se formaram e que, de uma maneira ou de outra, vão sendo transmitidas, contribuindo para a desinformação sobre esta matéria.
O protetor solar não tem validade
O protetor solar tem validade como qualquer outro produto cosmético. Habitualmente, é válido até um ano após a abertura, mas é conveniente consultar as indicações inscritas na embalagem.
O protetor solar pode causar cancro
Não existem evidências científicas de que o protetor solar possa causar cancro. Há, contudo, vários estudos que comprovam o efeito nocivo e potencialmente cancerígeno dos raios ultravioleta produzidos pelo sol e também pelos solários.
Não é necessário usar protetor solar quando o céu está nublado ou quando está frio
As nuvens não funcionam como barreira nem protegem dos raios ultravioleta. Mesmo em zonas de frio extremo e com neve, é possível — e muito comum — as pessoas ficarem com queimaduras solares.
No caso da neve, há uma duplicação, já que a pele é atingida diretamente pelos raios do sol e indiretamente quando este reflete na neve, o mesmo acontecendo com o mar ou com a areia.
Quem tem pele escura não precisa de usar protetor solar
A pele escura é tão suscetível às queimaduras solares ou a o utros problemas daí decorrentes como qualquer outra.
O que acontece, na verdade, é que é mais difícil de observar na pele escura a pigmentação provocada pelos raios ultravioleta, ou seja, as manchas avermelhadas a que chamamos queimadura solar.
Se o protetor tiver um fator de proteção solar de 50 ou mais, não preciso de aplicar tantas vezes
Independentemente do fator de proteção solar (FPS), a aplicação deve ser feita a cada duas horas, que é o tempo a partir do qual o produto deixa de fazer efeito.
De resto, e simplificando, o FPS dá uma estimativa do tempo que uma pessoa pode ficar exposta ao sol sem arriscar uma queimadura.
Se usar um protetor à prova de água, não preciso de aplicar após o banho ou se transpirar
Antes de mais, convém esclarecer que não existem protetores solares à prova de água. Quando muito, há protetores que resistem à água, mas isso não significa que o efeito persista.
Por isso, se for ao mar ou à piscina, ou se transpirar muito, deve aplicar uma nova camada por hora e não a cada duas horas.
Se a maquilhagem tem FPS, não é preciso usar protetor solar no rosto
Estamos perante mais um mito, porque, desde logo, a maquilhagem não cobre todo o rosto ou o pescoço. Depois, mesmo que use creme hidratante com FPS, é necessário aplicar protetor solar à hora de almoço ou ao fim da tarde, quando sair para fazer uma caminhada, por exemplo.
O uso de protetor solar causa deficiência de vitamina D
Apesar de os raios UVB serem os responsáveis pela produção da vitamina D3 (a forma ativa da vitamina D), a quantidade de raios UVB necessária para que isto aconteça é muito baixa. E, mesmo aplicando corretamente o protetor solar, há sempre lugar a que dois a três por cento de raios UVB penetrem na pele, permitindo a normal produção da vitamina D3.
O protetor solar impede a pessoa de se bronzear
O protetor solar ajuda a proteger a pele dos raios UVA e UVB, impedindo queimaduras, mas não o bronzeado.
Dicas para escolher o melhor protetor solar
Agora que já desmitificámos algumas ideias concebidas em torno do protetor solar, deixamos algumas dicas a ter em conta na hora de escolher este produto.
- Opte por um protetor com FPS de 15 a 50 de largo espectro, que protege contra os raios UVB e também contra os UVA. Os raios UVB são os responsáveis pelas queimaduras da pele e pelo cancro, os raios UVA são responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele e por determinados tipos de cancro;
- Escolha um que seja resistente à água. De qualquer forma, deve aplicá-lo sempre após ir ao banho ou perante uma transpiração intensa;
- Evite os protetores com FPS superior a 50, já que dão uma falsa sensação de proteção extra, o que pode levar a que tenha a tendência de aplicar menos vezes;
- Não use protetores em spray ou à base de pó solto. Este tipo de produtos podem causar irritação se inalados e tornam mais difícil de verificar se todas as partes do corpo estão cobertas, podendo provocar queimaduras;
- Prefira um protetor solar à base de minerais, como o óxido de zinco e/ou dióxido de titânio. Estes produtos são menos propensos a irritar a pele sensível.