Ataques de pânico: o que são e como lidar com eles?
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Indíce
- 1. O que são?
- 2. Causas
- 3. Sintomas
- 4. Estratégias para lidar
Dificuldade em respirar, batimento cardíaco mais acelerado e medo avassalador são os sinais mais comuns dos ataques de pânico.
Apesar de assustadores e extenuantes, estes episódios são temporários, não constituem um perigo e acontecem a muitas pessoas.
Segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais de um terço dos adultos manifesta sintomas, anualmente. As mulheres são duas a três vezes mais propensas do que os homens.
Fique a saber como identificar e gerir um ataque de pânico.
Ataques de pânico: o que são
Os ataques de pânico são episódios súbitos e intensos de ansiedade que podem durar entre alguns minutos a várias horas. Podem ser assustadores e esgotantes, tanto física como emocionalmente.
Geralmente, acontecem uma ou duas vezes ao longo da vida. No entanto, se se repetirem com mais frequência e gerarem um receio constante perante a possibilidade de um novo episódio, passa a ser considerado pânico patológico.
Esta condição é mais rara, afetando menos de 1% da população. Normalmente é diagnosticada no fim da adolescência ou no início da idade adulta.
Causas
As causas dos ataques de pânico ainda não são completamente compreendidas. Contudo, pensa-se que possam ser desencadeados por fatores genéticos, níveis elevados de stress, temperamento individual e desregulação de certas áreas do cérebro.
Além disso, existem fatores de risco adicionais que podem aumentar a probabilidade de ocorrência de ataques de pânico, como passar por eventos traumáticos, por exemplo.
Sintomas
Durante um ataque de pânico, há como que uma onda de sintomas físicos e emocionais intensos, que podem surgir muito rapidamente e sem motivo aparente, tais como:
- Sensação de perigo iminente;
- Medo de perder o controlo;
- Dormência e “formigueiro” nas mãos, pés ou rosto;
- Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
- Perda da noção da realidade e do “eu”;
- Sudorese (transpiração em excesso);
- Tremores;
- Dificuldade em respirar ou falta de ar;
- Calafrios;
- Afrontamentos;
- Náuseas;
- Dores abdominais ou torácicas;
- Dores de cabeça;
- Tonturas;
- Sensação de desmaio;
- Dificuldade em engolir.
Estas reações podem levar a crer que se está perante um enfarte ou perigo de morte iminente. No entanto, os ataques de pânico não são perigosos.
Estratégias para lidar com os ataques de pânico
Os ataques de pânico requerem um diagnóstico médico completo, incluindo avaliação psicológica, para excluir outras doenças que possam causar sintomas semelhantes.
Não há propriamente um método seguro para evitar estes episódios. Porém, é importante procurar tratamento o mais cedo possível, que pode incluir psicoterapia e medicamentos para reduzir os sintomas e a depressão associada aos ataques de pânico.
A par disso, é fundamental praticar atividade física regularmente e técnicas de relaxamento, como yoga, meditação, massagem, entre outras.
Há, ainda, algumas estratégias que podem ajudar a lidar com um ataque de pânico, nomeadamente:
- Tentar controlar a respiração: inspirar profundamente pelo nariz e expirar lentamente pela boca. Repetir até acalmar;
- Procurar focar-se na realidade: concentrar-se num objeto ao redor, tocar numa superfície áspera ou macia, ouvir uma música ou o barulho da chuva;
- Desafiar os pensamentos: questionar os pensamentos negativos, fazendo perguntas como: “isto é mesmo verdade?” ou “o que é o pior que pode acontecer?”;
- Encontrar apoio: se possível, ligar para um amigo ou familiar, ou conversar com um profissional de saúde mental.