Astigmatismo: o que é e como se trata
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Quais as causas?
- 3. Quais os Sintomas?
- 4. Existe Diagnóstico?
- 5. Qual o tratamento?
O astigmatismo é um problema comum que provoca visão turva, ao longe e ao perto. Conheça os tratamentos disponíveis.
O astigmatismo é uma doença ocular bastante comum, podendo ser hereditária.
Esta condição carateriza-se por uma visão desfocada, turva, tanto ao perto como ao longe.
As pessoas com astigmatismo podem manifestar mais sintomas. Saiba quais e conheça as opções de tratamento que ajudam a ver com mais nitidez.
O que é o astigmatismo
O olho possui duas estruturas com superfícies curvas que refratam a luz na retina, produzindo as imagens: a córnea e o cristalino (lente ocular).
Num olho normal, tanto a córnea como o cristalino têm uma curvatura arredondada, como uma bola. A luz que reproduzem na parte posterior do olho cria uma imagem focada com nitidez.
No astigmatismo, uma destas estruturas tem forma oval. Isso gera curvaturas incompatíveis, formando duas imagens diferentes. Estas acabam por se sobrepor ou combinar, provocando uma visão indefinida, turva, tanto ao perto como ao longe.
Existem dois tipos básicos de astigmatismo:
- astigmatismo horizontal (quando o olho é mais largo do que alto);
- astigmatismo vertical (quando o olho é mais alto do que largo);
Esta condição pode acontecer em simultâneo com a miopia (afeta a visão ao longe) ou a hipermetropia (afeta principalmente a visão ao perto).
Causas do astigmatismo
Embora o astigmatismo seja bastante comum, ainda não há uma explicação científica para o formato da córnea ou do cristalino variar de pessoa para pessoa.
Sabe-se, no entanto, que este problema pode ser herdado dos pais. Entre as outras causas conhecidas estão:
- doença ocular;
- lesão ocular;
- como consequência de uma cirurgia.
É frequente ouvir-se dizer que ler com pouca luz pode causar astigmatismo ou piorar. Porém, isto é um mito.
Sintomas
A visão turva ou áreas de visão distorcidas são os principais sintomas do astigmatismo. Os outros são:
- dores de cabeça;
- fadiga ou desconforto nos olhos;
- tendência a piscar ou semicerrar os olhos para tentar ver com mais clareza.
Nem sempre estes sinais oculares são indicativos que a pessoa tem astigmatismo, pelo que é importante consultar um oftalmologista para confirmar.
Já as crianças podem não perceber que têm dificuldades de ver. Esta situação pode afetar o desempenho na escola ou noutras atividades do dia a dia. Também pode levar à ambliopia (conhecida como “olho preguiçoso”) ou mesmo à perda de visão.
Por isso, é fundamental proceder a um exame oftalmológico na primeira infância.
Diagnóstico
O diagnóstico do astigmatismo é feito através de um exame oftalmológico abrangente.
Os testes podem incluir o tradicional cartaz com letras, uma forma simples de testar a acuidade visual ou a nitidez da visão em determinadas distâncias.
Também é utilizado um foróptero, um dispositivo semelhante aos binóculos, onde vão sendo introduzidas diferentes lentes para corrigir a visão.
Outro dispositivo importante para o diagnóstico do astigmatismo é o autorrefrator, que mede a maneira como o olho muda à medida que a luz se reflete na parte de trás.
Por fim, a avaliação pode passar pela utilização de um ceratómetro, que mede a curva da córnea.
Tratamento
O astigmatismo pode ser tratado com a utilização de óculos ou lentes de contacto, que vão orientar ou reorientar a luz na retina na parte de trás do olho. Desta forma, deixa de haver distorção nas imagens e a pessoa pode ver com mais clareza.
Nas situações mais críticas, pode recorrer-se à cirurgia refrativa, utilizando laser para remodelar a córnea e ajustar a maneira como a luz viaja através dela.