Pré-eclâmpsia: como tratar esta complicação
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Causas
- 3. Sintomas
- 4. Tratamento
- 5. Prevenção
A pré-eclâmpsia é uma condição que afeta algumas grávidas durante a segunda metade da gestação, normalmente após as 20 semanas de gravidez. No entanto, em algumas mulheres, pode surgir durante o trabalho de parto ou até mesmo após o nascimento do bebé.
Ainda que a maioria das situações corresponda a formas ligeiras, cerca de 25% constituem formas graves que se não forem identificadas e tratadas podem levar à morte da mãe e do bebé.
Ainda que esta complicação tenha sintomas específicos, estes nem sempre são facilmente identificáveis, sendo por isso importante o acompanhamento pré-natal.
Pré-eclâmpsia: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção
Cerca de 3% a 5% das grávidas desenvolvem pré-eclâmpsia, sendo que esta complicação ocorre com mais frequência nas primeiras gravidezes, em mulheres com mais de 35 anos e em gravidezes gemelares. Há também doenças anteriores à gravidez que constituem fatores de risco.
O que é?
Trata-se de uma complicação que ocorre durante a gravidez que além da hipertensão, apresenta também um quadro de excesso de proteína na urina e inchaço na cara, mãos e pés devido à retenção de líquidos. Algumas mulheres podem ainda apresentar lesões no fígado, rins, pulmões e cérebro.
Embora seja mais comum durante a segunda metade da gestação, pode também surgir durante o trabalho de parto ou até quatro a seis semanas após o parto.
A eclâmpsia é uma consequência grave da pré-eclâmpsia não tratada. Nesta situação, a tensão arterial elevada resulta em convulsões que podem ser fatais para mãe e bebé.
Causas
Embora não seja conhecida a causa exata, acredita-se que a pré-eclâmpsia aconteça quando há um problema com a placenta, o órgão que liga o feto à mãe. Os vasos sanguíneos da placenta estreitam, dificultando a circulação do sangue.
Fatores genéticos e doenças autoimunes também estão a ser explorados como possíveis causas.
No entanto, são conhecidos alguns fatores de risco que incluem:
- Ter menos de 17 anos ou mais de 35 anos;
- Estar grávida pela primeira vez;
- Gravidezes com menos de dois anos de intervalo ou mais de 10 anos de intervalo;
- Hipertensão arterial antes da gravidez;
- História familiar de pré-eclãmpsia;
- Pré-eclãmpsia numa gravidez anterior;
- Obesidade;
- Gravidez múltipla;
- Fertilização in vitro;
- História de diabetes, doença renal, lúpus ou artrite reumatóide.
Sintomas
Além do inchaço, os sintomas da pré-eclâmpsia incluem ainda:
- Aumento de peso em apenas um ou dois dias devido à retenção de líquidos;
- Dor no ombro;
- Dor abdominal;
- Dores de cabeça;
- Diminuição da vontade de urinar;
- Tonturas;
- Náuseas e vómitos;
- Alterações na visão.
Nem todas as mulheres apresentam sintomas de pré-eclâmpsia e outras confundem esses sintomas com os sintomas da gravidez, sendo, por isso, importante a vigilância médica durante a gravidez.
Tratamento
A única forma de tratar definitivamente a pré-eclâmpsia é através da indução do parto. Mas nem sempre a pré-eclâmpsia ocorre em idades gestacionais - entre a 37ª e a 38ª semanas de gravidez - que permitam a indução do parto sem riscos para o bebé.
No entanto, por outro lado, não provocar o parto pode trazer sérias complicações para a mãe.
Assim, a decisão clínica de induzir o parto ou prolongar a gravidez deve ter em conta a idade gestacional, a gravidade da pré-eclâmpsia e as condições de saúde da mãe e do feto.
Prevenção
As mulheres com maior risco de ter pré-eclâmpsia, além de se aconselharem com o seu médico assistente, podem introduzir algumas mudanças no seu estilo de vida, nomeadamente:
- Perder peso se necessário;
- Deixar de fumar;
- Praticar exercício físico regularmente;
- Manter a hipertensão e diabetes controladas.