mulher em frente ao computador a massajar a mão

Síndrome do canal cárpico: saiba mais sobre esta doença

4 mins. leitura

Indíce
  1. 1. Sintomas
  2. 2. Causas
  3. 3. Diagnóstico
  4. 4. Tratamento
  5. 5. Prevenção

A síndrome do canal cárpico é um problema que afeta cinco por cento da população mundial, com o aparecimento de um a três novos casos anuais por cada mil, especialmente entre as mulheres entre os 40 e os 60 anos.

Nos casos mais ligeiros ou com sintomas esporádicos, pode recorrer-se à imobilização do punho durante a noite e à toma de anti-inflamatórios ou a infiltrações com corticoides.

No entanto, o mais natural é ser necessário uma cirurgia para fazer a descompressão cirúrgica do canal ou túnel cárpico.


O que é a síndrome do canal cárpico

Situado na face anterior do punho, o canal cárpico envolve o nervo mediano e nove tendões que ligam o antebraço à mão. A síndrome do canal cárpico dá-se quando há um aumento de pressão no canal, que leva à compressão do nervo mediano.

Esta compressão pode levar a alterações na função deste nervo, o que vai provocar uma sensação de adormecimento da mão, formigueiro e dores na mão e diminuição da sensibilidade nos quatro dedos inervados pelo nervo mediano (polegar, indicador, dedo médio e metade radial do dedo anelar).


Sintomas da síndrome do canal cárpico

A dor na mão e nos dedos assemelha-se a uma queimadura e agudiza-se durante a noite podendo estar associada ao inchaço da mão.

A dormência e uma sensação de “formigueiro” são outros dos sintomas comuns na síndrome do canal cárpico.

Os dedos indicador e médio são os mais afetados numa fase inicial e, mais tarde, o polegar e parte do dedo anelar, com perda de força no polegar.

Em alguns casos, estes sintomas estendem-se também ao antebraço.

Ao fim de algum tempo, os músculos da parte dorsal da mão podem ficar mais fracos e atrofiados pela falta de uso.


homem a esticar e massajar a mão

Causas

A compressão do nervo mediano pode ter origem na inflamação e edema dos tecidos adjacentes ou dos tecidos no interior do canal, ou ainda por tiras de tecido fibroso que se formam na face anterior do punho.

Pessoas com diabetes, hipotiroidismo, grávidas, ou pessoas com artrite reumatoide ou determinadas formas de amiloidose possuem um risco aumentado de desenvolver esta patologia.

As pessoas cujas atividades profissionais obrigam a movimentos repetitivos com os pulsos esticados ou a exposição prolongada ao uso de ferramentas que implicam vibração também estão mais sujeitas a desenvolver a síndrome do canal cárpico.


Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história, sinais e sintomas caraterísticos.

Depois do exame clínico, o médico poderá recomendar a realização de estudos de condução nervosa e eletromiografia, ou exames imagiológicos, como a ressonância magnética ou uma ultrassonografia, para confirmação diagnóstica e estadiamento do grau de compressão nervosa.

homem a pressionar a mão

Tratamento

O tratamento da síndrome do canal cárpico obriga, na maior parte das vezes, a cirurgia para reduzir a compressão do nervo mediano.

Nos casos mais leves, o problema poderá resolver-se pelo uso de uma tala que imobiliza o punho durante a noite, além da toma de anti-inflamatórios e, por vezes, injeções de corticosteroides.

De resto, devem ser tratadas as comorbilidades, como é o caso da artrite reumatoide ou do hipotiroidismo.


Prevenção

São várias as causas que podem conduzir ao desenvolvimento desta síndrome, pelo que não existe também uma única forma de a prevenir.

Porém, há algumas boas práticas que podem ajudar:

  • Devem ser operadas mudanças no posto de trabalho, adotando uma postura correta e posicionando corretamente as mãos e os pulsos.
  • Os pulsos devem ser mantidos direitos ao utilizar ferramentas e deve evitar fletir e estender os pulsos repetidamente.
  • Deve também diminuir-se a pressão repetitiva quando os pulsos estão em posição fletida. É importante fazer períodos de descanso entre as atividades que implicam movimentos repetitivos.
  • Bem como fazer exercícios de aquecimento e de alongamento antes e depois da realização de atividades físicas.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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