Perimenopausa: o que é e o que muda na vida da mulher?
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Tem riscos?
- 3. Sintomas
- 4. Aliviar os sintomas
- 5. Cuidados a ter
Se pensa que pode estar a entrar na menopausa, mas não tem a certeza, descubra se não estará, afinal, na perimenopausa.
Este período de transição pode durar meses ou anos, dependendo da mulher, e manifestar-se através de vários sintomas, incluindo afrontamentos.
As mudanças nesta fase vida da mulher podem ser das mais diversas, pelo que é importante estar atenta, bem como conhecer os tratamentos e cuidados que podem ajudar a ultrapassar este momento de uma forma mais saudável.
O que é a perimenopausa?
A perimenopausa pode durar alguns anos, entre a idade fértil e a menopausa. Trata-se de uma etapa de transição caraterizada por uma redução da produção de estrogénio e progesterona e por irregularidade na ovulação. É uma fase em que, devido às oscilações hormonais, ocorrem vários sintomas e mudanças corporais.
Em resultado destas alterações, os ciclos menstruais tornam-se irregulares (em termos de duração e de fluxo) até que a menstruação desaparece por completo. Quando esta ausência se prolonga por mais de um ano, considera-se que a mulher entrou na menopausa.
Há uma idade para a perimenopausa?
Não há uma idade definida para a perimenopausa e algumas mulheres podem entrar nesta fase ainda na casa dos 30 anos. O mais habitual, porém, é que aconteça depois dos 40 anos.
Geralmente, considera-se que, se uma mulher saudável com mais de 45 anos tem ciclos menstruais irregulares e sente ondas de calor, está na perimenopausa.
Esta etapa pode durar meses ou anos, variando de mulher para mulher.
A perimenopausa tem riscos para a saúde?
Devido à quebra nos níveis de estrogénio, a perimenopausa provoca perda óssea, aumentando o risco de osteoporose, mas não só.
Há outros problemas que podem advir da perimenopausa, nomeadamente:
- Doenças cardíacas;
- Hipertensão e colesterol elevado;
- Aumento de peso e, consequentemente, maior risco de doenças como diabetes e doenças cardiovasculares;
- Aumento do risco de depressão, muitas vezes relacionado com problemas de sono.
De notar, ainda, que, durante a perimenopausa, as enxaquecas tendem a ser mais frequentes, situação que melhora após a menopausa. O mesmo se passa com as convulsões associadas à epilepsia.
Quais são os sintomas da perimenopausa?
O sintoma mais comum na perimenopausa é a irregularidade nos ciclos menstruais em mulheres com mais de 45 anos.
Os afrontamentos – calor súbito na parte superior do tronco, pescoço e face, acompanhado de suor e, por vezes, de palpitações e ansiedade – são também habituais. Estas ondas de calor duram menos de 5 minutos, podendo surgir durante a noite, o que acaba por interferir no sono.
Entre os outros sintomas da perimenopausa estão:
- Aumento da gordura abdominal e subcutânea (entre a pele e os músculos);
- Perturbações do sono (despertar noturno e dificuldade em adormecer);
- Perturbações da memória;
- Dificuldade de concentração;
- Irritabilidade;
- Alterações na pigmentação da pele, como surgimento de manchas;
- Alopécia androgénica (peladas e queda de cabelo);
- Aumento de pelos no rosto.
A perimenopausa também pode causar perturbações vaginais (secura, ardor e irritação), urinárias e sexuais. Assim, é frequente que, durante esta fase, ocorram mais infeções urinárias ou que, por vezes, exista dor ou muita urgência em urinar.
Durante a perimenopausa, há mulheres que podem manifestar dores durante o ato sexual, perturbações ao nível do orgasmo e diminuição do desejo sexual.
Como aliviar os sintomas da perimenopausa?
Antes de mais, é fundamental consultar o seu médico para perceber se o que sente está relacionado com a perimenopausa ou com outra condição de saúde.
Contudo, há formas de aliviar os sintomas mais comuns. No caso dos afrontamentos, deve evitar ambientes quentes, luzes fortes, edredões e outras situações que aumentem a temperatura corporal. Vestir-se com camadas de roupa (que pode despir se sentir calor) e recorrer a ventoinhas são soluções a considerar.
Para combater a secura vaginal, pode usar lubrificantes e cremes vaginais.
Se, nesta fase, se sentir particularmente stressada ou tiver dificuldade em dormir, pode recorrer, por exemplo, a práticas de relaxamento.
Os tratamentos hormonais não são recomendados para todas as mulheres, já que estão associados a um maior risco de doenças cardiovasculares e de cancro da mama ou do útero. Assim, o ideal é que converse com o seu médico sobre as vantagens e desvantagens das terapêuticas disponíveis.
Quais os cuidados de saúde essenciais nesta fase?
Sendo uma nova etapa da vida da mulher, há que adotar algumas medidas para minimizar o seu impacto.
Um dos principais cuidados tem que ver com a contraceção. Embora a ovulação seja irregular e a menstruação possa estar temporariamente ausente, a mulher continua a ser fértil durante a perimenopausa, o que significa que pode engravidar.
É igualmente fundamental consultar o seu médico e perceber o que é possível fazer para aliviar os sintomas mais incomodativos ou para avaliar a necessidade de suplementação.
Além da realização dos exames de rotina, é essencial manter um estilo de vida saudável, onde se inclui a prática de exercício físico. A atividade física regular é importante para evitar o aumento de peso, melhorar a massa óssea e prevenir doenças cardiovasculares.