Mordida cruzada: o que é e como tratar
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Principais Causas
- 3. Sintomas
- 4. Prevenção e Tratamento
A mordida cruzada é uma alteração dentária bastante comum, que afeta o modo como os dentes se alinham.
O principal sinal é os dentes superiores encaixarem-se atrás dos dentes inferiores quando a boca está fechada ou em repouso.
Fique a saber que métodos existem para corrigir este problema.
O que é a mordida cruzada
A mordida cruzada resulta numa alteração da oclusão dos dentes. Ou seja, da forma como os dentes de cima e de baixo se alinham quando a boca está fechada.
Normalmente, os dentes superiores são mais largos e ficam do lado de fora dos dentes inferiores. Cada dente superior toca o dente inferior correspondente, para que a força da mastigação ou do aperto seja distribuída uniformemente pela boca.
Neste caso, e ao contrário do que seria natural, os dentes superiores ficam posicionados atrás dos dentes inferiores quando a boca está fechada.
Esta condição pode afetar um único dente ou grupos de dentes, como os da frente ou de trás, e divide-se em dois tipos:
- Mordida cruzada anterior: refere-se aos dentes na parte frontal e inferior da boca, que se sobrepõem aos dentes da mandíbula superior;
- Mordida cruzada posterior: refere-se aos dentes inferiores da parte de trás da boca, que se sobrepõem aos da mandíbula superior.
Este problema tem semelhanças com o prognatismo, outra forma de má oclusão dentária, sendo que esta afeta todos os dentes. Isto é: toda a arcada dentária inferior fecha por cima dos dentes superiores.
Principais causas da mordida cruzada
Geralmente, a mordida cruzada é causada por problemas na estrutura óssea ou nas vias aéreas superiores.
Também pode ser de origem genética. Se os pais ou os avós tiverem este problema, aumenta a probabilidade de os filhos terem.
A mordida cruzada pode igualmente dever-se a fatores circunstanciais, nomeadamente:
- Hábito de respirar pela boca ou de chuchar no dedo durante a infância;
- Queda tardia dos dentes de leite;
- Nascimento demorado dos dentes definitivos.
Sintomas
Este problema pode originar assimetrias faciais. Contudo, as implicações não são apenas estéticas. Aos adultos que não tomaram medidas para corrigir esta situação, pode provocar:
- Dores nas mandíbulas ou nos dentes;
- Cáries;
- Dores de cabeça, nos ombros e no pescoço;
- Distúrbios na articulação temporomandibular (músculos da mastigação e estruturas associadas).
A mordida cruzada pode causar também apneia do sono, bem como dificuldades em falar ou em vocalizar determinados sons.
Prevenção e tratamento
Uma das formas de prevenir a mordida cruzada é evitar que as crianças chuchem no dedo ou usem chupeta até tarde.
Além disso, é recomendada uma atenção especial ao crescimento dos dentes de leite, sendo importante que as crianças sejam avaliadas por um dentista ainda antes de terem a dentição definitiva.
Habitualmente, a mordida cruzada é corrigida com dispositivos ortodônticos, como aparelhos, retentores, expansores de palato removíveis ou elásticos.
Estes tratamentos também são passíveis de ser usados em adultos com formas mais ligeiras de mordida cruzada.
Se esta alteração dentária for identificada durante a infância, o tratamento pode iniciar-se antes dos 10 anos. Quando a mandíbula ainda está em desenvolvimento, podem usar-se expansores do palato, que permitem alargar o céu da boca.
Em casos mais expressivos, recomenda-se a cirurgia da mandíbula, cujo objetivo é redefinir e alinhar corretamente os maxilares. Nas situações mais graves, a par da intervenção cirúrgica, pode ser necessário recorrer também à utilização de aparelhos ortodônticos.
A duração do tratamento depende da gravidade da situação, podendo variar entre 18 meses e 3 anos.