20 alimentos que provocam azia: anote e evite o desconforto
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Indíce
- 1. O que é?
- 1. Sinais, diagnóstico e tratamento
- 2. O que provoca Azia?
- 3. Alimentos vs. Azia
A azia pode ser descrita como um sintoma esofágico que afeta cerca de 30% da população portuguesa ou um em cada cinco portugueses. Habitualmente, esta reação manifesta-se depois de se praticar desporto, de se estar deitado/reclinado ou de se comer, sobretudo, alimentos que provocam azia.
A azia causa desconforto e uma sensação de ardor na região epigástrica e retroesternal, podendo irradiar para o pescoço ou garganta.
Normalmente, é causada por refluxo gastroesofágico, condição esta caraterizada pelo mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior (EEI), uma válvula localizada entre estômago e esôfago, que em condições normais, impediria o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Entre os fatores de risco associados a azia encontram-se hérnia de hiato, oscilações hormonais e mecânicas na gravidez, tabagismo, obesidade, entre outros.
Se for uma situação pontual, pode atenuar esse incómodo bebendo pequenas quantidades de água e tomando um antiácido. Saiba, agora, quais os alimentos que provocam azia e que deve evitar.
O que é a azia
De um modo geral, a azia costuma estar relacionada com doenças esofágicas ou gástricas, nomeadamente com a doença do refluxo gastroesofágico.
Esta sensação de ardor e de irritação que se prolonga do esterno à garganta, pode durar minutos ou horas.
Na origem da azia, está o regresso dos alimentos ou das secreções do estômago ao esófago. Entre as muitas causas possíveis para este problema, pode estar uma refeição mais farta e rica em alimentos mais difíceis de digerir.
Em grosso modo, alimentos e bebidas como café, chá, álcool, bebidas gaseificadas, citrinos, tomate, chocolate, menta, cebola, picantes, alimentos gordurosos, ácidos e condimentados favorecem a ocorrência de episódios de pirose.
Para os casos pontuais de azia, recomenda-se a alteração de algumas rotinas, nomeadamente alimentares, além da toma de determinados medicamentos, como antiácidos, bloqueadores dos recetores H2, procinéticos e inibidores da bomba de protões.
Cuidados a ter, sinais, diagnóstico e tratamento
Quem costuma sofrer de azia, pode adotar alguns hábitos saudáveis que, simultaneamente, ajudam a evitar episódios de pirose. Eis algumas das rotinas a adotar:
- Não comer antes de se deitar e não se deitar logo após as refeições;
- Mastigar muito bem os alimentos, antes de os engolir;
- Ingerir cerca de 1,5l de água por dia;
- Fazer uma dieta saudável e equilibrada;
- Preferir alimentos antiácidos, como o chá verde e as bananas;
- Levantar, ligeiramente, a cabeceira da cama;
- Não estar muitas horas em jejum, sem comer;
- Relaxar, evitando o stress, a ansiedade e a depressão;
- Não fumar;
- Combater a obesidade e manter um peso equilibrado;
- Evitar refeições pesadas;
- Evitar medicamentos que favoreçam o surgimento da azia;
- Não usar roupas demasiado apertadas;
Sinais de alarme
Deve, contudo, estar atento aos sinais de alarme que possam aparecer e que implicam ser reavaliado por um médico, de preferência da especialidade. São estes sinais:
- Perda de peso não intencional;
- Vómitos ou diarreia com sangue;
- Fezes escuras ou pretas;
- Ardor e uma pressão intensa no peito, que pode ser semelhante a um enfarte;
- Azia persistente;
- Dificuldade progressiva para engolir.
Diagnóstico
Muitas vezes o diagnóstico é dado apenas pela avaliação clínica. Contudo, por vezes sugere-se a realização de exames para melhor avaliação e exclusão de gravidade, nomeadamente:
- Endoscopia digestiva alta;
- Phmetria esofágica;
- Esofagomanometria.
Tratamento
O tratamento da azia varia de acordo com as causas, podendo ser prescritas diferentes medicações que atenuam os sintomas.
Por que é que há alimentos que provocam azia?
Existem vários tipos de azia, um dos quais conhecido como acidez “alérgica”. Esta pirose advém de uma sensibilidade do estômago face a determinados alimentos.
Assim, são vários os alimentos que provocam azia, embora essa possa não ser uma reação transversal a todas as pessoas.
No geral, esses alimentos possuem algumas caraterísticas em comum:
- Tratam-se de ingredientes que desencadeiam uma libertação excessiva dos sucos gástricos, por serem alimentos mais difíceis de digerir ou por terem mais conservantes, gorduras ou açúcares. Exemplo disso mesmo são os alimentos fritos, que possuem elevados níveis de gordura.
Porém, não pense que são apenas os produtos processados, fritos e doces que provocam azia. Há alimentos de origem natural que também podem causar azia, devido ao esforço extra que o estômago precisa de fazer para os conseguir digerir.
Como é o caso de alimentos como a cebola, a laranja, a pimenta ou o café que provocam azia, pois possuem substâncias que favorecem o refluxo e o ardor estomacal. Isto porque contêm componentes irritantes para o estômago e que contribuem para o relaxamento do esfíncter do estômago, permitindo a ida do conteúdo gástrico para o esófago.
Há, também, o caso dos alimentos demasiado ácidos, como os citrinos, por exemplo, que também são muitas vezes responsáveis por criar azia.
20 alimentos que provocam azia
Conheça, agora, 20 exemplos de tipos de alimentos que provocam azia e que deve evitar, sobretudo se sofre regularmente deste problema:
- Alimentos fritos;
- Molhos, como maionese, mostarda, ketchup;
- Queijos gordos, como parmesão e gorgonzola;
- Doces e bolos;
- Chocolates;
- Bebidas alcoólicas, particularmente vinho e cerveja;
- Vinagre;
- Citrinos, como laranja, limão, abacaxi, tangerina e kiwi;
- Comida muito condimentada;
- Legumes com pH ácido, como as couves, a couve-flor, o repolho, o nabo, os brócolos, o pepino, o rabanete, entre outros;
- Café;
- Chá preto;
- Adoçante artificial;
- Temperos picantes;
- Alimentos processados;
- Alimentos com glúten;
- Bebidas gaseificadas;
- Tomate;
- Menta e hortelã-pimenta;
- Alho e cebola, especialmente crus.
Caso as mudanças de hábitos de vida, nomeadamente alimentares, não sejam suficientes para reduzir os episódios de azia, deve consultar um médico para que ele possa despistar a existência ou não de outros problemas de saúde que possam ser responsáveis pela pirose.