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Doenças ginecológicas: quais são as mais comuns nas mulheres?

7 mins. leitura

As doenças ginecológicas são um tema sensível e importante e que merece atenção ao longo de toda a vida da mulher. As doenças ginecológicas mais comuns podem ter níveis de gravidade muito variáveis, mas carecem sempre de cuidados e, sobretudo, de observação médica.


Conheça as principais doenças ginecológicas

As doenças ginecológicas podem afetar bastante a saúde e o bem estar da mulher, podendo atingir tanto jovens em idade fértil, como mulheres na menopausa. Em ambos os casos, é fundamental estar atenta e não ignorar os sintomas, embora muitas destas patologias sejam, frequentemente, “silenciosas”.

No entanto, importa destacar que grande parte das doenças ginecológicas são benignas e/ou têm um prognóstico favorável. Por isso, o mais importante é reagir aos sinais que o corpo dá e consultar um médico, sempre que assim se justifique.


Candidíase

Esta é uma doença ginecológica causada por um fungo que habita a mucosa vaginal e digestiva, relativamente frequente, que tem como principais sintomas: prurido vaginal e corrimento espesso, esbranquiçado ou amarelado, inodoro e, ardor ao urinar. Não é transmissível por relação sexual, podendo estar presente na mucosa vaginal das mulheres, mesmo quando assintomáticas.

Alguns dos seus fatores de risco são:

  • Baixa imunidade;
  • Toma de antibióticos, anticoncepcionais de altas dosagens hormonais e/ou corticoides;
  • Diabetes;
  • Infeção pelo vírus Papiloma Humano (HPV).

O tratamento carece de uma ida ao médico, que poderá prescrever fármacos antifúngicos orais e/ou de aplicação local.


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Miomas uterinos

Os miomas uterinos correspondem a tumores benignos que se desenvolvem no útero, geralmente no tecido das suas paredes.

Na maioria dos casos, este é um problema assintomático, no entanto, em algumas mulheres pode dar sinais como:

  • Menstruações longas e abundantes;
  • Dor nas pernas e na região pélvica;
  • Obstipação;
  • Flatulência;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Dor no ato sexual;
  • Desconforto na bexiga;
  • Incontinência.

Alguns dos fatores de risco associados a esta doença são:

  • Idade;
  • História familiar;
  • Dieta;
  • Obesidade.

Para detetar a existência de miomas, é necessário proceder a um exame ginecológico e a uma ecografia ou ressonância magnética, este último, para casos mais específicos.

O tratamento deste problema pode passar pela terapêutica hormonal, embora, normalmente, seja necessário proceder à remoção dos miomas, através de cirurgia, dependendo do quadro clínico de cada paciente.


Pólipos uterinos

Mais frequentes em mulheres com mais de 50 anos de idade, os pólipos uterinos são, habitualmente, benignos. Na sua origem, estão áreas do endométrio que cresceram excessivamente. Em algumas ocasiões, os pólipos podem evoluir para lesões malignas, devendo ser acompanhados regularmente.

Em alguns casos, esta é uma doença assintomática, enquanto noutros quadros pode manifestar-se através de hemorragias uterinas exuberantes.

Para proceder ao diagnóstico deste problema, há que realizar alguns exames, nomeadamente:

  • Ultrassonografia transvaginal;
  • Histeroscopia panorâmica;
  • Biópsia.

O tratamento depende de vários fatores, como a existência ou não de sintomas associados. Entre as opções terapêuticas estão:

  • Polipectomia;
  • Terapêutica hormonal;
  • Remoção dos pólipos, através de cirurgia.

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Quistos no ovário

Por norma, os quistos mais frequentes são benignos, podendo ter diversas origens e consequentemente sintomas e, dependendo do subtipo, podem desaparecer sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento ou de intervenção. Porém, em certas situações podem originar menstruações mais prolongadas, com hemorragias mais expressivas.

Além disso, há que ter em conta que, quando existem muitos quistos foliculares associados a outros achados que compõem o diagnóstico, a mulher pode sofrer de síndrome dos ovários poliquísticos, que pode ter outras consequências, como a inibição da ovulação. Assim, as mulheres que têm um ciclo menstrual irregular, dores abdominais e náuseas frequentes devem consultar o médico.

O tratamento dos quistos depende da origem do quadro, gravidade dos sintomas e de cada caso individualizado, o que pode variar desde tratamento médico e acompanhamento clínico, até à remoção cirúrgica.


Endometriose

Nas mulheres com endometriose, o endométrio (tecido que reveste o interior do útero) desenvolve-se fora do útero, formando massas. As principais consequências e sintomas deste problema são dor pélvica crónica e dor durante as relações sexuais, cólicas fortes durante o período menstrual, podendo evoluir para infertilidade, que depende do grau de extensão da doença.

Para chegar ao diagnóstico desta doença, é essencial consultar um médico e realizar exames complementares de diagnóstico, sendo a ressonância magnética o exame diagnóstico mais indicado, principalmente para detetar lesões pequenas, assim como, uma laparoscopia exploradora, que além de componente diagnóstico, é também terapêutico.

São vários os tratamentos possíveis para esta complicação, entre os quais: terapêutica analgésica e/ou hormonal e/ou cirurgia (conservadora ou radical).


Cancro do colo do útero

Geralmente, este cancro tem origem numa infeção pelo vírus do Papiloma Humano (HPV), sendo na maioria dos casos transmitido por via sexual. Alguns dos sintomas relacionados com este problema são:

  • Hemorragia vaginal;
  • Corrimento vaginal anormal;
  • Dor pélvica;
  • Dor durante o ato sexual.

Neste contexto, é de extrema importância manter as avaliações ginecológicas em dia, assim como a realização preconizada do rastreio por citologia.

Para as faixas etárias indicadas, a realização da vacinação profilática contra o HPV constitui uma das prevenções primárias para esta infeção e consequente risco de cancro de colo uterino.

Para confirmar o diagnóstico, há que consultar um médico e fazer uma colposcopia e uma biópsia. Os tratamentos sugeridos vão depender, entre outros fatores, do estádio da doença, podendo a terapêutica passar por:

  • Cirurgia;
  • Quimio-radioterapia;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Terapias direcionadas.

Cancro do ovário

O cancro do ovário tem origem nas células do epitélio. Entre a sintomatologia possível causada por este cancro quando em estádio mais avançado estão:

  • Dor abdominal ou pélvica;
  • Hemorragia vaginal;
  • Obstipação;
  • Distensão abdominal;
  • Diarreia;
  • Fadiga;
  • Vontade constante em urinar.

Quanto aos fatores de risco mais frequentes estão:

  • História familiar de cancro do ovário;
  • Antecedentes familiares de cancro;
  • Mutações genéticas;
  • Idade avançada;
  • Terapêutica hormonal e/ou para a infertilidade;
  • Não ter filhos.

Não está recomendado qualquer tipo de rastreio para este tipo de cancro atualmente, quando no quadro inicial, podem nem sequer haver sintomas. Desta forma, é importante estar atento aos fatores de risco, assim como a avaliação regular com um médico ginecologista.

Por isso, não descure a sua saúde e vá até ao ginecologista periodicamente ou sempre que suspeite que algo possa não estar bem com a sua saúde íntima.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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