Ataque cardíaco: o que causa um enfarte e quais os sintomas?
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Indíce
- 1. O que é
- 2. Quais os sintomas?
- 3. O que fazer?
- 4. Existe tratamento?
- 5. Como prevenir?
Embora seja geralmente conhecido como ataque cardíaco, a designação formal é enfarte agudo do miocárdio. Todos os anos, segundo o Serviço Nacional de Saúde, mais de 10 mil portugueses enfrentam este problema, que dá origem a cerca de 4 mil mortes anualmente.
Saber reconhecer os sintomas e como agir perante esta emergência médica é essencial para salvar vidas e evitar sequelas.
O que é um ataque cardíaco?
Um ataque cardíaco é provocado pela obstrução das artérias do coração devido a um trombo (coágulo), pelo que o músculo cardíaco que depende do fluxo dessa artéria fica privado de oxigénio e nutrientes.
As células cardíacas da zona atingida deixam de funcionar e começam progressivamente a morrer. Quanto mais tempo demorar a assistência e o tratamento, maior será a área do miocárdio afetada e mais graves vão ser as sequelas.
Quais são os sintomas de ataque cardíaco?
A dor no peito é o principal sintoma de ataque cardíaco. Esta dor é geralmente prolongada, podendo durar alguns minutos ou ser repentina e intermitente.
Pode ser acompanhada por uma sensação de peso ou aperto no peito e irradiar para outras zonas do corpo, como os braços (geralmente o esquerdo), costas ou maxilar.
O enfarte agudo do miocárdio também pode incluir outros sintomas, como suores frios, náuseas, vómitos, falta de ar ou tonturas.
O que fazer se estiver a ter um ataque cardíaco
Se suspeitar que está a ter um ataque cardíaco ou, se estiver na presença de alguém que tenha dores no peito há alguns minutos, é importante ligar imediatamente para o 112. Desta forma, é encurtado o tempo de avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para o hospital mais adequado. Quanto menos tempo passar, maior a possibilidade de recuperação.
A Sociedade Europeia de Cardiologia desaconselha que se dirija ao hospital pelos seus próprios meios, dado que poderá estar a deslocar-se a um serviço que não está devidamente preparado para lidar de forma permanente com este tipo de emergência.
Caso testemunhe um possível ataque cardíaco, é importante tranquilizar a pessoa, colocá-la numa posição confortável e impedi-la de fazer esforços. Ligue para o 112, responda às perguntas que lhe fizerem e siga as instruções do Técnico de Emergência Pré-hospitalar.
Enquanto aguarda pela chegada da equipa de emergência médica, monitorize a atividade respiratória e a pulsação do doente.
Qual é o tratamento para o enfarte do miocárdio?
O tratamento consiste na desobstrução da artéria coronária que causou o enfarte, através de uma angioplastia primária (usando um cateter balão para aumentar o fluxo de sangue para o coração) ou da administração de medicamentos que dissolvam o coágulo.
Uma intervenção rápida permite salvar o miocárdio e reduzir as complicações decorrentes de um ataque cardíaco.
Quais são os fatores de risco?
A probabilidade de sofrer um enfarte agudo do miocárdio é maior nas pessoas com fatores de risco cardiovasculares, nomeadamente as que fumam, que têm diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial ou excesso de peso.
Quem tem uma vida sedentária e/ou stressante está igualmente mais suscetível de ter um ataque cardíaco.
A idade também aumenta a prevalência. Os ataques cardíacos são mais comuns em homens com mais de 50 anos e mulheres acima dos 60 anos.
Os fatores genéticos desempenham igualmente influência na ocorrência de ataques cardíacos. Ou seja, se existir uma história de ataques cardíacos na família, as hipóteses aumentam.
Qual o risco de ter um segundo ataque cardíaco?
Quem já teve um ataque cardíaco corre o risco de vir a ter outro, mesmo que tenha feito os tratamentos e a medicação adequados.
A par do risco de mais ataques cardíacos, pode haver outras sequelas, sobretudo quando existe um atraso no diagnóstico e no tratamento que cause danos graves no miocárdio.
Como o coração vê reduzida a capacidade de bombear o sangue, pode ocorrer angina de peito ou insuficiência cardíaca, o que provoca falta de ar, cansaço e incapacidade para fazer esforços.
Como prevenir
Há alguns cuidados que podem reduzir as probabilidades de ter um ataque cardíaco ou de voltar a passar pelo mesmo.
Além de consultar o médico regularmente e de fazer exames, para perceber se tem os valores recomendados de pressão arterial, colesterol e diabetes, é importante adotar hábitos saudáveis, como:
- Seguir uma alimentação adequada, nomeadamente consumir alimentos bons para o coração;
- Praticar exercício físico;
- Deixar de fumar.