mulher com ar pensativo

Está com uma crise existencial? Saiba como superá-la

5 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Causas
  3. 3. Sintomas
  4. 4. Crise Existencial vs. Ansiedade vs. Depressão
  5. 5. Como lidar?

Uma crise existencial é marcada por questões profundas sobre o propósito da vida, que podem causar angústia e desespero.

Embora a maioria das pessoas passe por isto, em alguns momentos das suas vidas, estes sentimentos e emoções são por norma passageiros e não afetam significativamente a sua rotina.

No entanto, para algumas pessoas, as dúvidas existenciais podem intensificar-se, desafiando o seu sentido de identidade e lugar no mundo. Felizmente, há estratégias que podem ajudar a superar esta situação. Saiba quais.


O que é uma crise existencial?

É normal que todos, em alguma altura, nos questionemos sobre o sentido da vida e o nosso propósito. No entanto, o problema não se prende com as questões, mas sim com a frustração perante conflitos internos relacionados com a responsabilidade, propósito, autonomia e compromisso, convergindo para a dificuldade em encontrar respostas satisfatórias.

Assim, uma crise existencial é um período de intenso questionamento e dúvida sobre a própria existência. Este estado de angústia pode ser desencadeado por eventos significativos como a perda de um familiar, mudanças de carreira, envelhecimento, ou reflexões profundas sobre a vida. Questões como "Qual é o propósito da minha vida?" ou "Por que estamos aqui?" tornam-se centrais.

Apesar de poder causar ansiedade e desespero, uma crise existencial também pode ser um ponto de viragem, levando a decisões importantes e mudanças positivas.


Quais as possíveis causas?

Uma crise existencial pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, e surgir como resposta a situações desafiadoras, levando a uma perda de alegria e satisfação. Contudo, há condições específicas que podem aumentar o risco. Pessoas com transtornos depressivos, bipolares e obsessivo-compulsivos são mais propensas.

Embora sejam diferentes para cada pessoa, as causas mais comuns são:

  • Doença grave;
  • Perda ou mudança de emprego;
  • Problemas financeiros;
  • Morte de um familiar ou amigo próximo;
  • Sinais gerais de envelhecimento, a chamada crise de meia-idade;
  • Episódios altamente traumáticos, como experiência de quase morte;
  • Divórcio ou término de relações;
  • Casamento;
  • Perda de uma amizade;
  • Nascimento de uma criança;
  • Mudança para outra cidade;
  • Reforma;
  • Eventos mundiais, como guerras, desastres naturais ou uma grande mudança social.

Importa, contudo, referir que as crises existenciais podem surgir gradualmente e sem uma causa concreta. Além disso, não surgem apenas devido a situações negativas. Também podem aparecer durante tempos felizes.


rapariga deitada no sofá a olhar para o vazio

Quais os sintomas?

Os sintomas de uma crise existencial são complexos e variados. Podem ser divididos em duas categorias principais. Primeiro, há os sintomas psicológicos que se manifestam em pensamentos, nomeadamente:

  • Pensar constantemente sobre a inevitabilidade da morte;
  • Perceber a falta de sentido nas atividades diárias;
  • Sentir-se constantemente só e com tendência para o isolamento social;
  • Experimentar uma perda repentina de identidade;
  • Reprimir emoções;
  • Sentir-se incapaz de mudar a sua vida.

Também existem sintomas físicos que, normalmente, estão relacionados com ansiedade, depressão e outras condições mentais associadas a uma crise existencial:

  • Falta de energia;
  • Fadiga mental;
  • Diminuição do apetite;
  • Insónia e outros problemas de sono;
  • Incapacidade de sentir prazer nas atividades quotidianas.

Outros sinais incluem perda de autoestima, dificuldade em concentrar-se no presente, sentimento de desânimo relativamente ao futuro, sensação de vazio, desesperança ou arrependimento e interesse incomum na espiritualidade ou autoaperfeiçoamento.

É importante lembrar que a experiência de uma crise existencial varia de pessoa para pessoa. Se pensa estar a passar por uma crise deste género, consulte um médico. Só será possível diagnosticar a sua situação com base nos seus sintomas e padrões de pensamento.


Crise existencial é o mesmo que ansiedade ou depressão?

Uma crise existencial não é o mesmo que ansiedade ou depressão. Embora partilhem sentimentos semelhantes, uma crise existencial refere-se a um padrão de pensamentos focado no questionamento do sentido da vida, sem ser reconhecida como uma condição médica.

Ao contrário da ansiedade e da depressão, que podem surgir sem um motivo específico, uma crise existencial, geralmente, é desencadeada por eventos significativos ou momentos de reflexão profunda. Durante esta crise, as pessoas costumam ter um ponto de viragem ou um momento de consciência que as leva a questionar profundamente o significado das suas vidas.

Uma crise existencial em si não é considerada um problema de saúde mental. No entanto, se a crise existencial causar ansiedade ou depressão significativas, é aconselhável procurar tratamento. E se surgirem pensamentos suicidas, é crucial buscar ajuda imediata.


mulher sentada num banco e com as mãos cruzadas

Como lidar com uma crise existencial?

Algumas pessoas conseguem superar uma crise existencial por conta própria. Isto pode acontecer quando estas se adaptam às mudanças nas suas vidas, alinhando-as com os seus valores.

Porém, outras pessoas podem precisar de ajuda, principalmente quando a angústia é potenciada. Se não for abordada adequadamente, uma crise existencial pode ter várias consequências negativas, nomeadamente: comprometer a saúde mental e física, afastar amigos e familiares, e prejudicar o desempenho profissional ou académico.

Não existe um tipo de terapia que seja a melhor para tratar uma crise existencial, várias abordagens podem ser eficazes no tratamento.


Estratégias de autoajuda

Existem várias formas de aliviar os sintomas, embora possa levar algum tempo para descobrir o que funciona melhor para si. Tente estas estratégias e mantenha aquelas que lhe ajudam:

  • Entenda que uma crise existencial pode ser uma oportunidade de crescimento;
  • Fortaleça as relações sociais e procure o apoio de outras pessoas;
  • Mantenha um diário, especialmente um diário de gratidão;
  • Equilibre a sua vida profissional e pessoal, reservando tempo para hobbies;
  • Evite reviver erros do passado;
  • Pratique meditação ou mindfulness, vivendo plenamente o presente.

Ajuda profissional

Pode ser útil procurar a orientação de um profissional de saúde mental.

Alguns terapeutas são especializados em terapia existencial, que não se concentra na resolução de problemas específicos, pois as questões existenciais não têm solução. Em vez disso, esta terapia enfatiza a importância de processar pensamentos e experiências, para reduzir o medo do desconhecido.

Formas mais tradicionais de terapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), também podem integrar-se na abordagem existencial. Pesquisas indicam que a TCC pode ser eficaz no tratamento de preocupações existenciais.


Como ajudar alguém nesta situação?

Se conhece alguém que está numa crise existencial, a melhor forma de ajudar é compreender as dúvidas da pessoa, sem julgamentos, e oferecer-se para encontrar um profissional de saúde.

Ainda que difícil, este período pode significar oportunidade, crescimento e redirecionamento para o que é mais importante na vida. Por isso, seja qual for o caminho que esta pessoa escolher, lembre-a que não estará sozinha na viagem.


As crises existenciais têm cura?

A maioria das pessoas consegue lidar com as emoções de uma crise existencial, e, em alguns momentos, estas emoções podem até desaparecer completamente. Porém, é comum voltarem, especialmente durante períodos de mudança.

Se estas emoções persistirem, pode ser um sinal de uma condição subjacente que torna a situação mais complexa. Condições como o transtorno bipolar ou a perturbação obsessivo-compulsiva (POC) podem dificultar significativamente a superação de uma crise existencial. Por isso, é importante continuar a ser acompanhado por um profissional de saúde.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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