O que é a síndrome de Asperger
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Indíce
- 1. Quais as causas?
- 2. Sintomas
- 3. Prevenção e Tratamento
A designação síndrome de Asperger desapareceu como diagnóstico, em 2013, altura em que passou a ser considerada, pelos especialistas em saúde mental, uma Perturbação do Espectro do Autismo (PEA).
No entanto, ao contrário do que acontece com muitos autistas, as pessoas com síndrome de Asperger não têm dificuldades na aprendizagem. Esta condição influencia, sobretudo, a forma como se relacionam e comunicam, mas há outros sintomas que a caraterizam.
Qual a causa da síndrome de Asperger?
Não são ainda conhecidas as causas da síndrome de Asperger, sabendo-se, no entanto, que tem uma forte componente genética. Além disso, a interação entre fatores genéticos e ambientais parece ser igualmente relevante no desenvolvimento desta perturbação.
Sintomas caraterísticos
Por norma, os sinais da síndrome de Asperger manifestam-se antes dos dois anos, nomeadamente a dificuldade em olhar os outros nos olhos ou a hipersensibilidade a estímulos.
Eis alguns dos sinais mais comuns da síndrome de Asperger.
Dificuldade no relacionamento com outras pessoas
A dificuldade em lidar com as próprias emoções e a forma um pouco rígida como encaram as coisas leva a que os outros pensem que as pessoas com síndrome de Asperger não se preocupam com as emoções alheias.
Dificuldade de comunicação
A comunicação não verbal é um enigma para estas pessoas, já que têm dificuldade em perceber sinais indiretos, como as expressões faciais ou a alteração do tom da voz, bem como a ironia ou o sarcasmo. De resto, a pessoa com síndrome de Asperger, tende a interpretar tudo de forma literal.
Isto faz com que não perceba, por exemplo, caso não lhe seja dito diretamente, que alguém está zangado. Ao mesmo tempo, evitam estabelecer contacto visual.
Capacidade de aprendizagem acima da média
Apesar das dificuldades no âmbito do relacionamento interpessoal e da comunicação, o nível de inteligência destas pessoas e a sua capacidade de aprender sobre algo que lhes interessa particularmente é, na realidade, acima da média.
Dificuldade em compreender as regras
Não se trata de não compreender as regras de um jogo ou algo semelhante, mas de não entender as regras sociais e de conduta, como, por exemplo, esperar pela sua vez numa fila ou levantar o dedo para falar na sala de aula.
Descoordenação motora
É frequente a síndrome de Asperger afetar a destreza, o que acaba por dificultar a prática de alguns desportos.
Necessidade de estabelecer rotinas
De maneira a sentir-se mais segura, a pessoa com síndrome de Asperger necessita de estabelecer rotinas e não aprecia mudanças inesperadas ou simples alterações de horários de uma determinada tarefa.
Interesses muito específicos
É comum desenvolverem interesses muito específicos e dedicar-lhes uma atenção obsessiva. As pessoas com síndrome de Asperger conseguem manter o foco em determinadas atividades ou ficar entretidas com a mesma coisa, como um assunto ou objeto, por muito tempo.
Hipersensibilidade a estímulos
As pessoas com esta síndrome, por norma, têm os sentidos intensificados, reagindo de forma exagerada a estímulos, como sons, luzes, sabores ou texturas.
Descontrolo emocional
Tendo dificuldade em compreender os sentimentos e as emoções, a pessoa com síndrome de Asperger tende a perder o controlo emocional quando se sente sobrecarregada.
Prevenção e tratamento
Não há forma de prevenir a síndrome de Asperger, mas existem tratamentos que, não fazendo desaparecer a doença, permitem que a pessoa com síndrome de Asperger possa levar uma vida mais equilibrada.
Este tratamento varia de pessoa para pessoa e pode incluir terapia de desenvolvimento, que implica lidar com a forma como esta se relaciona e aprender a responder em determinadas situações.
Pode ser recomendada também a terapia da fala, para que aprendam habilidades de comunicação e a falar num tom menos monocórdico ou ‘robótico’.
Outra hipótese é a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a mudar a forma de pensar, a controlar as emoções e a evitar comportamentos repetitivos.
Não existindo medicamentos específicos para tratar o autismo ou a síndrome de Asperger em particular, há, no entanto, medicamentos que podem ajudar a tratar sintomas relacionados com esta perturbação, nomeadamente a depressão e a ansiedade.