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Cólicas: o que são e como aliviar a dor

6 mins. leitura

As cólicas manifestam-se através de uma dor forte e intensa que pode afetar órgãos como o estômago, o intestino ou o útero. Existem vários tipos de cólicas, sendo as mais frequentes as cólicas do lactente, menstruais, renais e biliares. Cada uma requer abordagens distintas, de modo a terminar com este desconforto.


Cólicas do lactente

As cólicas do lactente constituem uma situação transitória e benigna, embora causem grande desconforto ao bebé e grande preocupação aos pais. Normalmente, estas cólicas surgem entre o primeiro e o quarto mês de vida do lactente.


bebe com colicas

Causas

Há algumas circunstâncias que podem propiciar o aparecimento destas cólicas, nomeadamente:

  • Deglutição excessiva de ar;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Mudanças na motilidade intestinal;
  • Desregulação da flora intestinal;
  • Imaturidade gastrointestinal;
  • Desregulação das vias neurossensoriais;
  • Ansiedade parental;
  • Alergia às proteínas do leite de vaca;
  • Tensão emocional.

Sintomas

Alguns dos sinais que podem evidenciar que o bebé sofre de cólicas são:

  • Choro frequente, prolongado e estridente;
  • Agitação;
  • Irritabilidade;
  • Dobrar as pernas sobre a barriga distendida;
  • Pele vermelha.

Tratamento

Apesar de se tratar de uma situação transitória, é possível ajudar a atenuar as cólicas do lactente, sendo que a forma de o fazer varia em função da causa subjacente às cólicas.

Em alguns casos, o pediatra pode prescrever a toma de probióticos ou de fórmulas hidrolisadas. Além disso, recomenda-se a realização de massagens no abdómen do bebé, respeitando sempre o sentido dos ponteiros do relógio.


mulher com cólicas menstruais

Cólicas menstruais

Existem dois tipos de dismenorreia ou de cólicas menstruais: a primária e a secundária.

  • A primária corresponde às cólicas que surgem após as primeiras menstruações.
  • Já a secundária, pode estar relacionada com certas doenças ginecológicas.

Causas

Na origem das cólicas menstruais, podem estar as contrações uterinas - no caso das cólicas se manifestarem depois da menstruação - ou, então, podem estar associadas a determinadas patologias, como é o caso de miomas ou endometriose, por exemplo.


Sintomas

O principal sintoma de cólica menstrual é a dor na zona do baixo ventre. Porém, este desconforto pode ainda ser acompanhado de outros sintomas como:

  • Náuseas e vómitos;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Vertigens e desmaios.

Tratamento

Para aliviar o incómodo causado pelas cólicas menstruais, podem adotar-se algumas medidas como, por exemplo:

  • Fazer exercícios físicos aeróbicos, ou seja, caminhar ou nadar, por exemplo, para relaxamento do corpo;
  • Aplicar calor na zona afetada;
  • Consumir alimentos ricos em fibras;
  • Tomar analgésicos, prescritos por um médico.

Nota: Quando as cólicas estão associadas a uma doença ginecológica, o tratamento deve atuar na patologia que está na origem das cólicas.


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Cólicas renais

De uma forma muito simples, a cólica renal corresponde a uma dor provocada pela passagem de um cálculo renal pelos órgãos que compõem o aparelho urinário alto até ele ser expulso pelas vias urinárias.


Causas

Os cálculos renais resultam da cristalização e conglomeração de substâncias químicas presentes na urina, como é o caso do ácido úrico e do cálcio.

Quanto maior for a "pedra" existente no rim, maior será a obstrução causada por ela e a pressão e o estiramento dos tecidos e, consequentemente, maior será a dor que ela provocará.


Sintomas

Além da dor súbita e intensa na região inferior das costas, na cintura ou nas costelas, as cólicas renais podem fazer-se acompanhar por outros sintomas, tais como:

  • Desejo frequente de urinar;
  • Ardor, dor e/ou dificuldade em urinar;
  • Náuseas;
  • Vómitos;
  • Sangue com urina, turva e/ou com odor forte;
  • Dor nos genitais.

Tratamento

É de extrema importância que um médico urologista seja consultado a fim de ser identificada a causa da dor e consequentemente o tratamento mais adequado, pois algumas medicações, quando tomadas indevidamente ou sem prescrição médica prévia, podem agravar o quadro.

Perante um quadro de cólicas renais, importa inicialmente tentar controlar a dor, tomando:

  • Anti-inflamatórios;
  • Analgésicos;
  • Antiespasmódicos;
  • Antipasmótico (relaxantes do ureter).

Outras medicações também podem ser prescritas para uso após a crise, com o intuito de facilitar a eliminação do cálculo e prevenir a recorrência de crises.

Nota: Caso as cólicas não atenuem, é importante consultar um serviço de urgência, de modo a que a situação seja avaliada, a fim de se excluírem lesões de maior gravidade ou lesão renal aguda, podendo ou não equacionar-se alguma intervenção cirúrgica de urgência.


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Cólicas biliares

A litíase ou as cólicas biliares ocorrem quando existem cálculos na vesícula. Esta é uma complicação relativamente frequente, sendo uma das que mais afeta as vias biliares.


Causas

Na origem dos cálculos na vesícula, pode estar a cristalização de substâncias presentes na bílis como a bilirrubina e o colesterol, sobretudo se estas existirem na vesícula numa quantidade superior à normal.

Noutros casos, os cálculos na vesícula podem formar-se devido ao mau funcionamento da vesícula ou devido à existência de outras doenças ou patologias.

Além disso, existem fatores de risco a considerar, como, por exemplo:

  • Obesidade;
  • Alimentação rica em gorduras;
  • Sedentarismo;
  • Jejum prolongado;
  • Toma de hormonas e/ou contracetivos orais;
  • Idade avançada;
  • Género feminino;
  • História familiar;
  • Gestação;
  • Diabetes;
  • Anemia;
  • Cirrose.

Sintomas

O principal sintoma das cólicas biliares é uma dor na região do estômago ou sob as costelas, do lado direito, sendo que o desconforto pode irradiar para outras zonas do corpo.

Este incómodo pode, ainda, ser acompanhado por:

  • Enjoos;
  • Vómitos;
  • Suores;
  • Palidez.

Tratamento

No caso de haver sintomas e/ou complicações, o principal tratamento indicado para este problema é a cirurgia (colecistectomia) que visa a remoção definitiva da vesícula, através de um corte na parede abdominal ou via "laparoscópica".

Contudo a cirurgia também está indicada na ausência de sintomas, tomando em consideração alguns fatores: doentes diabéticos ou a tomar imunossupressores, alterações na vesícula (vesícula calcificada) ou quando os cálculos migram da vesícula, estando localizados nas vias biliares, por exemplo.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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