mulher com dores na face

Dor no ouvido? A disfunção temporomandibular pode ser a causa

3 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Sintomas
  3. 3. Causas
  4. 4. Diagnóstico e Tratamento
  5. 5. Existe prevenção?

A disfunção da articulação temporomandibular afeta cerca de 10% dos adultos, especialmente as mulheres entre os 35 e os 50 anos. É algo raro nas crianças e nos idosos.

Apesar de parecer uma dor de ouvidos ou de dentes, não é nenhuma das duas nem é motivada por qualquer problema nestas zonas do corpo. Saiba o que pode causar esta disfunção, quais os sintomas e como controlar ou atenuá-los.


O que é a disfunção temporomandibular

A disfunção da articulação temporomandibular envolve as articulações temporomandibulares (que ligam o crânio e a mandíbula), os dentes e músculos e tecidos desta região do rosto. Causa dor e desconforto na zona da face e da boca, cabeça e pescoço, mas pode atingir outras áreas.

Existem vários tipos de disfunções temporomandibulares (ou DTM), sem que haja uma origem comum ou uma base biológica clara para sinais e sintomas.


homem com dor de cabeça

Sintomas

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. A dor, que por vezes parece vir dos dentes ou dos ouvidos, pode ter, afinal, origem nas têmporas, pescoço ou zona cervical. Mas também acontece o contrário. Ou seja, a dor no pescoço ou entre os ombros provém do rosto.

A dor provocada pela disfunção temporomandibular tanto é localizada num ponto como difusa, mas é geralmente persistente e com efeitos negativos na qualidade de vida. Afeta o sono e a alimentação, já que pode ser intensa quando se mastiga.

Os sintomas mantêm-se durante mais de seis meses, desaparecem e regressam se não tiver existido um tratamento capaz de eliminar a causa.

Fadiga muscular, ruído articular, dificuldades em abrir e fechar a zona da mandíbula, cefaleias, dores de ouvido, vertigens, zumbidos e problemas no pescoço são os sintomas mais comuns, além das dores na zona da face.


Causas

Não existe apenas uma causa para disfunção da articulação temporomandibular. Os peritos interpretam este problema como algo biopsicossocial. Isto é, existem vários fatores que contribuem para o seu aparecimento: morfológicos, genéticos, relacionados com o género, fisiopatológicos, psicoemocionais, hormonais, trauma (por exemplo, uma pancada na cabeça), endócrinos, ortopédicos, entre outros.

A interação entre estes fatores varia em cada pessoa e é complexa. Questões ambientais, emocionais (como o stress), comportamentais e físicas (como a sobrecarga provocada pelo bruxismo e por cerrar os dentes quando se está acordado) contribuem, em conjunto ou de forma isolada, para que a DTM surja e seja mais frequente em certas situações e idades.


mulher a ser massajada na face

Diagnóstico e tratamento

Como a disfunção da articulação temporomandibular tem origem num ou em vários fatores, o diagnóstico é geralmente baseado na história clínica do doente. Os exames físicos e imagiológicos (como raio-x ou ecografia) podem ser usados para confirmar a disfunção e excluir diagnósticos diferenciais, nomeadamente processos inflamatórios e não inflamatórios dessa região, cancro de cabeça e pescoço, nevralgia dos nervos trigémeo e do glossofaríngeo.

Por vezes, é necessária uma abordagem multidisciplinar para se chegar ao diagnóstico.

Tal como não existe apenas uma causa para a disfunção temporomandibular, também não há um tratamento único que consiga resolver a condição que desencadeou o problema.

Muitas vezes, nem sequer é possível curar, dada a impossibilidade de eliminar totalmente a sua causa ou causas. Em vez disso, os especialistas recorrem a opções que permitam controlar ou reduzir a dor, para que o problema se torne menos incapacitante.

Assim, o tratamento costuma ser feito com base em técnicas não invasivas, como as goteiras oclusais (usadas no bruxismo) ou medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.

Fisioterapia, terapia comportamental, psicoterapia, terapia do sono, acupunctura, osteopatia, terapia da fala ou ocupacional são, igualmente, recursos utilizados no tratamento. Com estas práticas, procura-se alterar hábitos como mastigar alimentos duros ou pastilhas elásticas e reduzir o stress e a ansiedade. A fisioterapia é usada para aliviar os sintomas através do calor húmido, massagens e exercícios mandibulares.

As técnicas mais invasivas e irreversíveis incluem, por exemplo, ortodontia, cirurgia, reconstrução protética, reabilitação restauradora, sendo utilizadas quando os tratamentos mais conservadores não obtêm resultados.

Tomar paracetamol ou ibuprofeno, aplicar um saco de água quente ou gelo (o que resultar para reduzir a dor), fazer uma massagem suave na zona que dói e tentar relaxar são formas de aliviar temporariamente os sintomas.


Prevenção da disfunção temporomandibular

Embora nem sempre seja possível controlar os fatores que originam a disfunção da articulação temporomandibular, há alguns hábitos que ajudam a prevenir. Assim, deve evitar:

  • Alimentos como pastilhas elásticas, gomas e caramelos, porque exigem mastigação excessiva;
  • Roer as unhas;
  • Alimentos duros como nozes, frutos inteiros e pedaços de gelo;
  • Situações de stress que possam levar a cerrar os dentes;
  • Morder a comida com os dentes da frente;
  • Abrir muito a boca ao bocejar;
  • Roer tampas de canetas ou outros objetos.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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