Alveolite dentária: o que é e cuidados a ter
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Indíce
- 1. O que é?
- 2. Quais as causas?
- 3. Sintomas
- 4. Tratamento
- 5. Como prevenir?
A extração de um dente é normalmente o último recurso, mas, ainda assim, pode ser necessária. Apesar de relativamente simples, este procedimento exige alguma atenção no que respeita a possíveis complicações durante o processo de cicatrização, sendo a alveolite dentária uma das mais comuns.
Esta é uma condição tratável, mas que pode ser bastante dolorosa. Por isso, se extrair um dente, é importante seguir todas as recomendações do seu médico dentista e estar a par dos sintomas, causas e formas de prevenir esta complicação.
Alveolite dentária: causas, sintomas, tratamento e prevenção
Embora seja a complicação mais comum após a extração de um dente, não deixa de ser algo que acontece muito raramente. No entanto, é importante saber que quem teve alveolite uma vez, corre um maior risco de a desenvolver novamente.
Se é o seu caso, e vier a precisar de extrair outro dente, informe o médico dentista sobre o seu histórico.
O que é a alveolite dentária?
A alveolite dentária mais comum, também conhecida como osteíte alveolar ou alveolite seca, é provocada pela perda do coágulo de sangue, que normalmente se forma no alvéolo após a extração de um dente. Sem o coágulo de sangue, o osso e os nervos no alvéolo ficam expostos ao ar, alimentos e bactérias, causando inflamação e dor.
A forma mais grave e mais rara da alveolite dentária é a alveolite supurativa que ocorre quando há presença de pus na bolsa alveolar. Geralmente causada por uma infeção bacteriana grave, os seus sintomas incluem dor intensa, inchaço da gengiva, febre e uma massa de pus visível na área afetada.
Causas da alveolite dentária
Em grande parte dos casos, esta complicação surge associada à extração dos dentes do siso inferiores. Mas pode acontecer em qualquer dente da boca, no maxilar superior ou inferior.
Embora não sendo totalmente claras, são apontadas como possíveis causas da alveolite dentária o tipo e a quantidade de bactérias presentes na cavidade oral, bem como eventuais traumatismos na área afetada, seja durante a cirurgia odontológica ou depois.
Sabe-se, no entanto, que há fatores de risco que podem determinar ou favorecer o seu desenvolvimento, nomeadamente:
- Ser fumador;
- Utilização de contracetivos;
- Má higiene oral após cirurgia;
- Existência de infeção prévia;
- Não seguir os cuidados indicados após a cirurgia;
- Bochechar intensamente, principalmente durante as primeiras 24 horas pós-extração;
- Traumas associados à cirurgia;
- Certas doenças sistémicas, como a diabetes ou doença periodontal, que possam interferir nos processos de coagulação e cicatrização;
- Já ter tido alveolite dentária.
Sintomas
O sintoma mais comum é a dor intensa no maxilar que surge no mesmo lado da extração do dente, normalmente, dois a três dias depois do procedimento. Porém, esta complicação pode ocorrer em qualquer altura do processo de cicatrização. Outros possíveis sintomas da alveolite são:
- Mau hálito e um gosto desagradável que persiste na boca;
- Dor intensa e persistente, muitas vezes irradiando para a orelha, têmpora ou pescoço;
- Inchaço na área da extração;
- Vermelhidão na área afetada,
- Dificuldade em abrir a boca, comer ou falar;
- Febre;
- Secreção de pus.
Na presença de qualquer um destes sintomas, deve contactar o seu médico dentista.
Tratamento
O tratamento envolve, geralmente, o uso de medicamentos para controlar a inflamação e a dor, bem como o tratamento da causa da alveolite. O que pode incluir o uso de medicamentos como anti-inflamatórios e antibióticos, além de procedimentos de limpeza e desinfeção do alvéolo.
Nesta situação, é importante que mantenha uma boa higiene oral e siga as instruções do seu dentista para garantir a melhor recuperação possível. Além disso, o uso de medicamentos analgésicos pode ajudar a aliviar a dor durante o tratamento.
Se não for tratada, a alveolite dentária pode levar a complicações mais graves, como abcessos e danos nos ossos do maxilar.
Prevenção
Para prevenir a alveolite dentária, é essencial respeitar criteriosamente as instruções do dentista após a cirurgia, incluindo os cuidados com a cavidade da extração e a administração de medicamentos.
Deve manter a área limpa e seca, evitar fumar e não ingerir alimentos ou bebidas quentes durante os primeiros dias. Também é importante ir a todas as consultas de acompanhamento para garantir que o processo de cura se desenvolve de maneira adequada.