jovem mulher a tocar no peito

Os 10 tipos de doenças que mais afetam as mulheres

7 mins. leitura

Indíce
  1. 1. Cancro
  2. 2. Infeções sexualmente transmissíveis
  3. 3. Aparelho Reprodutor
  4. 4. Gravidez e Parto
  5. 5. Doenças mentais

Embora a medicina tenha progredido consideravelmente, as mulheres continuam a sofrer e a morrer de complicações relacionadas com a gravidez e o parto, mesmo em países desenvolvidos. Além disso, doenças oncológicas e outras condições específicas afetam o sexo feminino de maneira mais prevalente ou grave do que o sexo masculino.

Compreender os desafios específicos da saúde feminina é fundamental para garantir o acesso a cuidados e tratamento adequados. Neste artigo, abordamos os 10 tipos de doenças que mais afetam as mulheres, os seus impactos e as medidas que podem ser adotadas para melhorar a sua saúde e bem-estar.


Quais são as doenças mais comuns nas mulheres?

O cancro do colo do útero e o cancro da mama estão entre as situações mais preocupantes identificadas pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia, lembrando outras doenças que, embora benignas, comprometem bastante a qualidade de vida das mulheres, tais como:

Miomas;

Endometriose;

Infeções urinárias e vaginais.

Também a depressão, a fibromialgia e a obesidade são condições que têm tido cada vez maior expressão entre as pessoas do sexo feminino.

Segundo dados da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), as mulheres vivem, em média, 83 anos e os homens 78 anos.

De acordo com esta entidade, as doenças do aparelho circulatório, os tumores e as doenças cerebrovasculares são as principais causas de morte em Portugal, sendo responsáveis por 63,6% do total de óbitos. As mortes por doença do aparelho circulatório afetam mais as mulheres (55,6%) do que os homens (44,4%). Já as mortes por tumor e as doenças cerebrovasculares são mais comuns no sexo masculino.

A Sociedade Portuguesa de Ginecologia sublinha que "a vulnerabilidade feminina face a certas doenças e causas de morte está, muitas vezes, mais relacionada com a situação de desigualdade da mulher na sociedade do que com fatores biológicos".


Cancro

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os dois tipos de doenças oncológicas mais comuns nas mulheres são o cancro da mama e o cancro do colo do útero. A OMS calcula que, anualmente, cerca de 500 mil mulheres morrem devido a cada um destes tipos de cancro.

Os óbitos ocorrem sobretudo em países com um nível de vida mais baixo, onde medidas preventivas, como rastreios, exames e vacinas (no caso do cancro do colo do útero) não existem e os tratamentos são de difícil acesso.

A Liga Portuguesa contra o Cancro aponta o cancro da mama como o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), sendo também o mais mortífero. A instituição revela que, anualmente, são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

Os exames regulares continuam a ser a melhor forma de detetar precocemente esta patologia.


Infeções sexualmente transmissíveis

Segundo a OMS, as infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) são responsáveis por um terço dos problemas de saúde que afetam as mulheres entre os 15 e os 44 anos. O sexo desprotegido é, explica a entidade, o maior fator de risco, sobretudo nos países menos desenvolvidos.

O VIH — e o facto de deixar as mulheres mais vulneráveis a outras doenças infeciosas, como a tuberculose — continua a ser uma das principais causas de morte nestes países.

As infeções sexualmente transmissíveis, como VIH, vírus do papiloma humano (HPV), gonorreia, clamídia e sífilis continuam a atingir mulheres de todo o mundo. Segundo a OMS, a sífilis não tratada é responsável por mais de 200.000 nados-mortos e mortes fetais precoces todos os anos e pela morte de mais de 90.000 recém-nascidos.

Segundo o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), as infeções sexualmente transmissíveis estão a aumentar na Europa, sobretudo entre os jovens.

Países como Portugal, Dinamarca, Islândia, Irlanda, Países Baixos, Noruega e Eslovénia registaram o maior crescimento de casos de gonorreia em 2022 e 2023.

A informação sobre a prevenção e tratamento, bem como a utilização do preservativo (a única forma de proteção que previne contra ISTs) durante o ato sexual, evitam a propagação destas doenças.


mulher a tocar na bexiga

Doenças do aparelho reprodutor

As doenças que afetam o aparelho reprodutor feminino, como os miomas, endometriose ou infeções urinárias e vaginais são, segundo a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, problemas de saúde com um forte impacto na vida das mulheres.

No caso dos miomas (tumores benignos no útero), o seu aparecimento está relacionado com fatores genéticos, hormonais e de crescimento. A idade, menarca (primeira menstruação) precoce, história familiar, etnia, obesidade, hipertensão arterial, uma dieta rica em carnes vermelhas, o consumo de álcool e cafeína são alguns fatores de risco.

Consultas regulares de ginecologia são importantes para manter a saúde do aparelho reprodutor feminino. As mulheres devem, também, estar atentas ao seu corpo e, caso apresentem sintomas ou situações anormais (como alterações no período menstrual ou dificuldade ao urinar), falar com um médico para perceber a causa.


Doenças relacionadas com gravidez e parto

A gravidez e o parto são momentos importantes na vida das mulheres, mas também alturas de uma maior vulnerabilidade.

Apesar da evolução da medicina e dos cuidados de saúde, centenas de milhares de mulheres continuam a morrer de complicações na gravidez e no parto, que, segundo a OMS, poderiam ser evitadas com planeamento familiar e cuidados básicos.

As transformações físicas da mulher durante a gravidez são a causa de doenças como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, anemia ferropriva ou infeções urinárias. O acompanhamento médico — com consultas e exames — e, quando possível, o planeamento da gravidez são importantes para evitar estas condições.


Doenças mentais

Segundo a OMS, as mulheres são mais propensas do que os homens a sentir ansiedade, depressão e queixas somáticas, isto é, sintomas físicos que não podem ser explicados clinicamente.

A depressão é o problema de saúde mental mais comum nas mulheres e o suicídio uma das principais causas de morte das mulheres com mais de 60 anos, indica esta entidade.

O apoio das pessoas mais próximas é importante, mas é essencial que as mulheres com problemas de saúde mental procurem ajuda e aconselhamento clínico, para que possam receber o apoio adequado.


Doenças relacionadas com o estilo de vida

O consumo de tabaco, álcool e estupefacientes é nocivo para a saúde, sendo responsável por doenças e problemas sociais, podendo mesmo levar à morte. A obesidade, enquanto resultado de uma alimentação desequilibrada e de uma vida sedentária, é outra doença comum nas mulheres.

A OMS calcula que, na Europa e nas Américas, mais de 50% das mulheres tenham excesso de peso. Um estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação na população adulta (18–93 anos) concluiu que 38,2% das mulheres e 64,5% dos homens têm pré-obesidade e obesidade.

As doenças causadas pelo estilo de vida podem ser evitadas com mudanças de comportamentos e com a adoção, desde a infância, de hábitos saudáveis.


mulher com creme nas mãos em forma de coração

Doenças do aparelho circulatório

As doenças do aparelho circulatório (doenças cardíacas e cerebrovasculares) são, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a principal causa de morte na Europa. Representam 46% dos óbitos nas mulheres e 38% nos homens.

Em Portugal, a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório na mulher situa-se nos 33%.

Fatores como hipertensão arterial, obesidade (sobretudo na menopausa), tabagismo, bem como a ocorrência de hipertensão arterial no ciclo da gravidez, a diabetes gestacional, o parto prematuro, ovários poliquísticos e doenças inflamatórias autoimunes aumentam o risco cardiovascular a longo prazo.

A prevenção destas doenças nas mulheres passa por uma alimentação saudável, atividade física, consultas regulares e exames de rotina. Deixar de fumar e evitar ambientes poluídos e temperaturas extremas são, igualmente, formas de manter o coração e as artérias saudáveis.


Fibromialgia

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, "por cada 10 pacientes com fibromialgia, entre 7 a 9 são mulheres". A explicação para este facto não é conhecida. Embora a doença surja geralmente entre os 30 e os 60 anos, há casos diagnosticados em pessoas mais velhas e mais novas, incluindo crianças.

A fibromialgia manifesta-se através de dores em todo o corpo, sobretudo nos músculos, fadiga (mesmo depois de a pessoa dormir bem), falhas na memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. A grande sensibilidade ao toque e à compressão dos músculos é um dos indícios principais.

Começa com uma dor localizada e crónica, que vai progredindo para todo o corpo. O aparecimento da fibromialgia ocorre, por vezes, após traumas físicos e psicológicos ou uma infeção grave.


Artrite

Os dois tipos mais comuns de artrite (artrite reumatoide e osteoartrose) afetam mais as mulheres do que os homens.

A osteoartrose surge, geralmente, após os 50 anos e carateriza-se por uma degeneração da cartilagem articular, que acaba por causar dor e inflamação, embora também possa ser assintomática. A prevalência aumenta com a idade e a obesidade.

Na artrite reumatoide, a proporção é de um homem para três mulheres. Ou seja, as mulheres são mais afetadas por esta doença autoimune, em que, devido às alterações nos sistemas de defesa do organismo, surgem inflamações numa ou várias articulações. As formas mais graves de artrite reumatoide reduzem a esperança de vida e, além de dor e inflamação, podem causar deformações físicas graves e lesões orgânicas.

A artrite também pode ser causada por gota, lúpus ou hepatite viral.


Doenças crónicas

O Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), realizado em 2019, mostrou que a ocorrência de doenças crónicas foi mais frequente nas mulheres (62,0%).

Hipertensão, colesterol elevado, artrose, alergia, depressão e dor crónica foram as doenças mais referidas neste estudo que envolveu pessoas entre os 25 e os 74 anos. Já a diabetes é mais comum no sexo masculino do que no feminino.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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